Era só o que faltava...
Por Eduardo Louro
A coligação no poder apresentou ontem o programa eleitoral. Com pompa, muita pompa... Dada a circunstância - em cima das férias, fora de tempo de discussão - nada mais prentendia que pompa.
Podia, mesmo assim, a coligação ser mais comedida na charlatanice?
Recorro ao velho slogan publicitário: Poder, podia... Mas não era a mesma coisa!
No meio de tanta aldrabice, a sem vergonha tinha ainda de chegar à ameaça com as agências de rating?
Tinha. Porque é aí, já em pleno território do absurdo, na fronteira com a loucura, que a charlatanice atinge o climax da conclusão no tal slogan publicitário.
Era o que faltava... Era o que faltava no discurso charlatão. Já não falta!
O que falta - e a falta que lhes faz - é que as agências de rating assinem por baixo o discurso dos milagres dos charlatães. Não assinam por baixo, não caucionam e mantêm o país no lixo, donde não não saiu como ainda se atascou mais...
É tal a vertigem que ja nem conseguem parar, para pensar. E acabam por se espetar, com estrondo: para ameaçarem com o papão das agências de rating não conseguem esconder que afinal o país é - continua - lixo, sem nada a ver com o que apregoam.