Espiral trágica
À medida que cresce o terrível número de vítimas do sismo que atingiu a Turquia e a Síria - a contagem já vai em 12 mil mortos, mas a ONU estima que chegue aos 20 mil - cresce também o milagre da sobrevivência. Como o do menino encontrado a dormir debaixo de escombros, ou o de uma mãe, encontrada com o seu bebé, depois de 30 horas de resistência sob os destroços da sua própria casa.
O resto é desespero. O desespero dos que não encontram os seus, e que já não esperam milagres.
Na Síria, a tragédia do sismo soma à da guerra. Em Alepo, os destroços dos bombardeamentos misturam-se com os do terramoto. E há até notícias que o sinistro Bashar al-Assad terá mandado bombardear zonas afetadas pelo terramoto, somando ainda mais desgraça à espiral de tragédia que não larga aquele povo.