Estrelas cadentes
Por Eduardo Louro
Quando (quase) toda agente contava com a marcação para Lisboa de mais um duelo entre Mourinho e Guardiola, acontecerá, antes, mais que uma final inédita, uma final entre duas equipas da mesma cidade. Um derbi. Isso mesmo, a Catedral da Luz será palco de mais importante derbi madrileno da história!
Ontem, a equipa de Guardiola foi goleada pela mesma equipa do Real Madrid, desfalcada de Ozil e Khedira, que há um ano, pela mão de Mourinho, era goleada pelo Dortmund. Hoje, em Londres, sucedeu quase o mesmo ao Chelsea, de Mourinho.
Que parecia estar a pedi-las. Depois de uma larga série de exibições verdadeiramente lastimáveis, com muitos autocarros à mistura, Mourinho apresentou uma equipa com seis defesas: dois laterais – Azpilicueta e Cole – e quatro defesas centrais – Terry, Cahill, Ivanovic e David Luís. Independentemente das posições onde foram colocados, são sempre seis defesas. Restavam-lhe apenas quatro jogadores para cumprir os restantes momentos do jogo que não se fiquem pela destruição. Não dava!
Não admira que o Atlético de Madrid tenha sido sempre claramente superior, e que ao Chelsea não tenha bastado a sorte de marcar primeiro. Aos 36 minutos da primeira parte, quando a equipa espanhola já era melhor e tinha até já enviado uma bola á trave (e ao poste).
E no entanto sabe-se que Mourinho tem os jogadores que quiser, basta pedir ao tio Abrahomovic que ele dá. E que até o melhor guarda-redes dos seus quadros estava a defender (e como defendeu) a baliza adversária!