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Quinta Emenda

Tenho o direito de ficar calado. Mas não fico!

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Tenho o direito de ficar calado. Mas não fico!

Euro 2020 - Itália, pois claro. Mas nem tanto assim...

Itália elimina Espanha nos penáltis e está na final do Euro2020. Morata foi de herói a vilão

 

A Itália vai estar na final de Wembley para discutir o título de campeão europeu, para encontrar a selecção que sucederá à portuguesa, que ainda assim é a segunda selecção que durante mais tempo foi detentora do título. Mais uma ano que qualquer outro campeão. Para fazer melhor, a Espanha teve de ganhar dois europeus consecutivos; a Portugal bastou-lhe que este Euro 2020 se realizasse em ... 2021.
 
Pelo que Espanha e Itália fizeram na competição, e mais ainda se contarmos com a fase de qualificação, os transalpinos merecem estar na final. Por este jogo de hoje, talvez nem tanto. Hoje a Espanha foi melhor que a Itália durante mais tempo, qualquer que seja a perspectiva com que se olhe para o jogo.
 
Um jogo que começou de forma verdadeiramente sensacional, e a prometer mais do que acabou por dar. O início dos jogos, e especialmente destes, decisivos, normalmente as equipas adoptam uma estratégia expectante, assim a modos de quem está à espera de ver o que aquilo dá. Os entendidos chamam-lhe mesmo "período de estudo mútuo". 
 
Hoje não houve nada disso. Não havia nada para estudar, tinham feitos os trabalhos de casa. Pareceu que mais por culpa dos italianos, que entraram no jogo a todo o gás, como que a dizer que vinham convencidos que eram os melhores, e que tinham os galões de melhor equipa do torneio para puxar. Pressão alta, e a tratar dos espaços como sabem fazer como poucos.
 
Os espanhóis não pareceram muito surpreendidos com o feito - lá está, trabalho de casa! - e muito menos atemorizados. Pelo contrário, puxaram do seu futebol, o tal de que já aqui falamos, de "muita parra e pouca uva" . E fizeram muito bem, porque esse futebol desta vez tinha muito para lhe dar. Desde logo, e não era o menos, era mesmo decisivo, tirava a bola aos italianos. E sem bola, nem os italianos jogam, por muito que bem saibam jogar sem ela.
 
E foi isto toda a primeira parte, o que não quer dizer que tenha sido desinteressante. Não foi, mesmo que também não tenha dado para cumprir as promessas dos minutos iniciais. E ia sendo assim pelo tempo fora, sempre a deixar no ar que os espanhóis não tiravam uvas debaixo daquela parra, e que os italianos haveriam de encontrar ali maneira de chegarem eles às uvas. Ou através de um contra-ataque ou, sabe-se lá se não lhes passou pela cabeça, através de um bónus de Unai Simón, que é um mais vezes um susto que um guarda-redes. Se passou, não estavam de todo enganados. A sua parte não ficou por fazer.
 
Quando, chegada a hora de jogo, Chiesa marcou mais um grande golo deste campeonato europeu, pensou-se que .. já estava. O inevitável não se pode evitar. É assim por definição!
 
O golo confirmou todas as expectativas. Até na forma como foi construído - Donaruma recebe a bola de um ataque espanhol, coloca-a rapidamente a rolar aos pés de Chielini ali à saída da área, um passe longo seguido de um segundo, e bola em Chiesa, para uma execução daquelas de que se fazem os grandes golos.
 
E os minutos que se seguiram foram de uma equipa italiana em controlo absoluto do jogo. Foram 20 minutos, que somados aos primeiros sete ou oito, no arranque da partida, perfazem o tempo em que a Itália foi melhor que a Espanha neste jogo. Esses 20 minutos acabaram quando a selecção espanhola recuperou uma bola no meio campo italiano e "engatou" uma bela jogada de bola, concluída por Morata, acabado de entrar, numa tabelinha perfeita com Dani Olmo, um jogador que aqui há uns anos, num jogo para a Liga Europa entre o Dínamo de Zagreb e o Benfica, era ainda uma criança, deixou toda a gente impressionada. Mas parece que só os tipos do Leipzig é que repararam nele.
 
Faltavam 10 minutos para o fim do jogo, e a Espanha voltou a estar melhor. E melhor continuou na primeira parte do prolongamento, não tanto na segunda, quando toda a gente passou a pensar nos penaltis. Que os espanhóis estavam fartos de treinar na competição. Mas sem grandes resultados, mesmo que tivesse sido assim que tinham eliminados a Suíça. 
 
De resto nem foi muito diferente o que se passou desta vez. Só que ao contrário. Também a Itália desperdiçou o primeiro, com defesa de Unai Simón. E a Espanha marcou o seu primeiro, e passou para a frente. O pior veio depois, com os dois da tabelinha do golo a desperdiçarem sucessivamente, deixando ao italo-brasileiro Jorginho a ocasião de arrumar o assunto. Superiormente, com uma classe tremenda!

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