Euro 2024 - III
Ao quinto dia do Campeonato da Europa chegou a vez do Grupo F, o de Portugal. Abriu com o Turquia - Geórgia, que os turcos, com muita sorte, ganharam por 3-1.
Depois veio a estreia da selecção nacional, com a Chéquia. E foi uma desilusão!
À selecção faltou tudo. E faltou aquilo que - dizem - tem para dar e vender: talento. Contra a mais fraca equipa do grupo - e, pelo que se pôde ver até agora, a mais fraca da competição depois da Escócia - a selecção nacional só não perdeu porque os jogadores checos (ou será chéquios?) fizeram-nos o que os nossos nunca conseguiram: o golo do empate, e a assistência para o da vitória, de Francisco Conceição (entrado ao minuto 90, com Pedro Neto, que fez a "pré-assistência"), já na "compensação".
À excepção esses dois decisivos momentos de ajuda checa a selecção foi os equívocos de Roberto Martinez, e foi Vitinha. Apenas Vitinha se salvou da confusão que o seleccionador lançou na equipa, incapaz de jogar outro futebol que não aquele de duas velocidades (parado e devagar), de passe para o lado, e para trás.
Frente a uma equipa que só defendeu, a selecção passou o tempo a andar por ali com a bola, incapaz de um passe de ruptura, de um lance bola parada minimamente preparado, de um cruzamento com nexo. Na primeira vez que os checos chegaram à área portuguesa, e remataram à baliza, marcaram. Para trás tinha tinha ficado mais de uma hora de jogo naquilo. Para a frente restou meia hora do mesmo, dividida em duas partes: uma primeira, de 7 minutos, até que o amigo Hranac metesse a bola na sua baliza, e uma segunda de 23 minutos, como se o golo do empate não tivesse existido.
Se é isto que, com estes jogadores, Roberto Martinez tem para mostrar, ninguém consegue perceber donde é que vem essa ideia de Portugal ser candidato a ganhar este Europeu.