Frank Williams (1942-2021)
É uma lenda da Fórmula 1. Foi mecânico e piloto, mas foi ao leme da escuderia que criou, como o seu próprio apelido, que a lenda cresceu.
Da cadeira de rodas, a que ficou preso depois de um acidente de automóvel nos anos 80, comandou a equipa que dominou a fórmula 1 nas décadas de 80 e 90 do século passado, levando-a à conquista de 9 títulos mundiais de construtores e 7 de pilotos, todos diferentes. Ninguém repetiu. O primeiro campeão ao volante dos carros azuis da Wlliams foi o australiano Alan Jones, em 1980, em disputa acesa com Nelson Piquet, então na Brabham. Dois anos depois, em 1982, seria a vez do filandês Keke Roberg, o piloto que mais anos consecutivos (quatro) lá permaneceu. Em 1987 chegaria Nelson Piquet para ganhar, e alcançar na Williams o seu terceiro título mundial. Em 1992 seria o regresso de Nigel Mansel à equipa, para ser finalmente campeão do mundo. No ano seguinte seria a vez de Alain Prost, no seu quarto e último título mundial, discutido com Senna (Mclaren), que logo a seguir, no fatídico ano de 1994, chegaria à equipa de Frank Williams para também atingir o seu quarto título, mas onde acabaria por encontrar a morte trágica. O penúltimo título de pilotos chegaria em 1996 através de Damon Hill, filho de outra lenda e bicampeão mundial, Graham Hill, em disputa com o seu colega de equipa Jacques Villeneuve - também filho de outra lenda, Gilles - que no ano seguinte fecharia a lista dos campeões no último título mundial de pilotos e o ciclo absolutamente dominador da mítica escuderia de Frank Williams.
Nestes 7 anos juntou o título de pilotos ao de construtores. Que conquistaria ainda em 1981, quando Piquet ganhou pela Brabham, e no trágico 1994, quando Michael Schumacher ganhou com a Benetton, com motores Ford (1980 e 81), Honda (1986 e 87) e Renault, com que dominou a fórmula 1 entre 1992 e 97, período em que só não ganhou em 1995, no segundo título de Schumacher e primeiro da Benetton, também com motor Renault.