Gente (é como quem diz) que mete medo*
Já conhecíamos a Sophie, da Websummit do ano passado, e agora de uns anúncios, em que começou a contracenar com o Cristiano Ronaldo para acabar, por enquanto, com o Mário Crespo, reformado dos écrans, mas activo nos écrans…
Menos conhecido do grande público é o Hal, mais novo. Criado à imagem de uma criança, simula expressões faciais e estados emocionais, tem tudo a que tem direito - olhos interactivos, coração, sons pulmonares e intestinais, dedos capazes de sangrar e até pulsação – e é o novo amigo dos médicos no treino da prática clínica em crianças.
Ou a Vera (na foto), em tudo parecida com a Sophie, uma espécie de prima afastada, que acabou de chegar ao negócio do recrutamento de recursos humanos, ao headhunting. Isso mesmo, um robot naquilo que se pensaria ser a última fronteira da actividade humana – só um humano poderia contratar um humano. A verdade é que a Vera está já ao serviço de grandes empresas nessas tarefas de entrevistar e a avaliar gente para preencherem os seus quadros com as pessoas certas.
Isto é, os robôs já não ameaçam só substituírem-nos nos nossos empregos. Ficam-nos com os empregos e vão ainda decidir se servimos para mais alguma coisa. Assustador!
Já não é da Sophia que temos medo. Medo, a sério, é da Vera!
* A minha crónica de hoje na Cister FM