Gente Extraordinária
Logo às primeiras horas da notícia da morte do Papa Francisco, para o evocar, Carlos Moedas falou de si próprio e fez de si próprio o centro da conversa.
À noite, à entrada da Sé Catedral, para a missa celebrada pelo Cardeal Patriarca de Lisboa em memória do Papa, repleta de televisões, enquanto as altas individualidades que iam surgindo se desviavam das câmaras e dos microfones, porque o momento não era para palavreado, como por exemplo referiu o ministro Paulo Rangel, lá surgiu também Carlos Moedas.
Estendido o microfone lá disse que estava à espera do Senhor Presidente da República, para entrar com ele. Incapaz de lhe resistir, imediatamente soltou a picareta falante que lá tem dentro, e que não mais conseguiu calar. Falou de si, e de si, e de si ... Tanto que Marcelo chegou, atravessou o largo, subiu as escadas, passou-lhe mesmo ao lado e entrou. Quando acabou, quando já não tinha mais que dizer de si, lembrou-se que estava à espera do Senhor Presidente da República.
E lá ficou à espera ... a fazer a triste figura dos pequeninos a quererem ser grandes ...
Muito pequenino, mas gente extraordinária, este Carlos Moedas.