Guterres sem as chaves da porta
Ao 62º dia de guerra, depois de meio mundo lhe ter pedido que fizesse alguma coisa, que deixasse de se limitar a contemplar a guerra à distância, de lamentar e de simplesmente se mostrar abalado, Guterres, na fatiota de Secretário Geral da ONU que lhe assenta que nem uma luva, chegou hoje a Moscovo. Foi falar com o Ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Serguei Lavrov, que ainda ontem falava de III Guerra Mundial. E com Putin.
Depois segue para a Ucrânia, onde depois de amanhã falará então com Dmytro Kuleba, e com o presidente Zelensky, que queriam ter sido os primeiros da ser visitados
Não é quem deveria ser primeiro que importa. O que importa é que esta iniciativa do Secretário Gerar da ONU é tardia. Tardia de mais de dois meses. O que já aconteceu já não pode ser evitado. E, pior ainda, torna inevitável o que ainda está para acontecer.
Criada para guardar as chaves das portas da paz, a ONU ou perde-as ou chega atrasada!