Há 10 anos
Enquanto Sócrates e o governo foram de fim-de-semana para Matosinhos, o presidente Cavaco – é outro luxo - foi de fim-de-semana para Budapeste, ali bem perto do local onde as instituições europeias andam às voltas com a ajuda que lhe pedimos. E de lá já disse que não tinha nada a ver com isso de promover o consenso entre os partidos que a União já exigiu: parece que isso não está na Constituição, e que não tem meios, vejam bem!
Mas soube dizer que a União tem que ter imaginação. Imaginação para resolver o problema sem que ele tenha de se incomodar com os partidos, imaginação para desenhar uma solução intermédia para o imediato e deixar o resto para o novo governo, lá mais para o Verão…
A resposta, para vergonha dele e nossa – mais nossa, acho eu – veio de imediato: imaginação é o que não falta na União Europeia, o que lhe começa a faltar é paciência para aturar as autoridades portuguesas.
Já não bastava que o ministro das finanças lhes tivesse dito que não estava ali para negociar nada. Que isso era lá com eles!
Só visto… Sem dinheiro, sem honra e sem vergonha! A quem havíamos de ter entregado isto…