Há 10 anos
José Manuel Cerqueira Afonso dos Santos, o nosso Zeca Afonso, partiu há 25 anos. Cedo de mais, como sempre acontece com os que ficam mitos…
O Zeca deixou-nos um legado de determinação cívica, de luta e de resistência. Foi perseguido e resistiu, foi preso e escreveu canções, foi impedido de trabalhar e de ganhar o seu sustento e construiu a música portuguesa do futuro.
Tirando-se das Suas Tamanquinhas, enquanto Houve Força, Furou, Furou pelos dias deste país como Galinhas do Mato, A Ser Como a Toupeira. Começou por cantar Coimbra, em Baladas e Canções, Como se Fora seu Filho, que não era. Cantou Cantigas de Maio em Coro dos Tribunais e Cantares de Andarilho no Natal dos Simples! Chamaram-lhe Cigano e Resineiro Engraçado, para que não fosse levado a sério. Mas Vieram mais Cinco, cada um Trouxe Outro Amigo Também, e, às ordens da batida de Grândola, Vila Morena, como Índios da Meia Praia, chegaram Os Filhos da Madrugada que fizeram uma manhã clara depois de toda uma vida na noite inteira.
Ah... Se encontrássemos em cada esquina um amigo...