Há 10 anos
À saída para o intervalo, com o resultado em 2 a 2 e depois de três bolas no ferro - duas bolas do Luisão e uma do Aimar – tantas quantos os remates do Porto - um deles contra o Javi, que desvia a bola para a baliza e dá no primeiro golo – o narrador da SIC pergunta ao comentador Joaquim Rita: resultado justo, Joaquim?
- Sim, é um resultado justo: respondeu o Joaquim!
Melhor que isto só Vítor Pereira. E Pinto da Costa!
O Benfica foi superior em três quartos da primeira parte. No único quarto em que o Porto se superiorizou, quando passou do 1 a 1 para o 2 a 1, chegou a pairar a ideia de que o Benfica voltava a ser vítima da síndrome que ultimamente tem passado pela Luz. Que faz galvanizar o Porto e encolher o Benfica. E que faz com que os remates do Benfica morram nas costas dos jogadores do Porto, enquanto os do Porto batem nas costas dos jogadores do Benfica apenas para encontrar o caminho da baliza e trair o guarda-redes.
Mas foi sol de pouca dura. Rapidamente o Benfica dá a perceber que só com muito mais azar deixaria de ganhar o jogo, tal a superioridade que só o Joaquim não viu.
A segunda parte foi menos intensa e mais repartida e, no fim, um resultado simétrico do do último clássico. Só que com golos legais!
E sem casos, mas com bloqueios nas bolas paradas, segundo o Vítor Pereira. Que perdeu o jogo porque o árbitro marcou muitas faltas, a proporcionar bolas paradas, em que o Benfica é superior pelos tais bloqueios sistemáticos, de que é preciso avisar os árbitros. E porque há um fora de jogo a Hulk.
Ele afinal vê coisas. Mas há coisas que não vê: não vê que a equipa foi abaixo fisicamente, nem vê que não estão a jogar nada. É já um clássico!
Mas Pinto da Costa está a ver. Pareceu-me demasiado nervoso… O que não é um clássico!