Há 10 anos
Logo no início já há um tema da semana: Miguel Relvas. Que já vem da semana passada, mas como o fim-de-semana se atravessou à frente, entra de rompante por esta dentro!
Não sei se Miguel Relvas chantageou ou não a jornalista do Público. Se o fez é evidentemente grave!
Mas sei duas coisas: sei que a personagem é useira e vezeira neste tipo de exposição, e sei que a sua defesa – feita a partir da entourage do governo e proximidades – não apresenta consistência e assenta apenas em bases subjectivas. E por isso pouco credíveis!
Miguel Relvas deixa-nos a ideia que passa a vida à volta de jornalistas e da comunicação social em geral - que não é apenas por ter esse pelouro – cola-se facilmente à imagem da manipulação e mesmo de uma certa promiscuidade com a imprensa. Não parecendo que tenha exactamente boa imprensa, fica a ideia de que tem muita influência. Como a de que sabe muito bem usar o (grande) poder que tem!
A verdade é que este episódio não surpreende ninguém. A verdade é que na opinião pública fica claramente a ideia que, se não ameaçou nem chantageou, podia muito bem tê-lo feito. É uma suspeita que lhe assenta que nem uma luva. O que, em sede da opinião pública, torna a sua defesa muito difícil e muito mais exigente. Os que têm agenciado essa defesa estão a descurar essa realidade e longe de ser minimamente eficazes. E por isso, em vez de ajudar, agravam!