Há 10 anos
Como aqui previra logo no início o tema da semana estava encontrado. Os seguimentos que estes dias lhe trouxeram confirmaram o que já era o seu destino.
Hoje é incontornável, e nem mesmo os que desde o início quiseram circunscrevê-lo ao domínio do fait divers ousam hoje mantê-lo aí. O tema tomou a verdadeira dimensão de caso. De caso sério!
Parece que, com Miguel Relvas, cada pontapé numa pedra levanta novas e gigantescas nuvens de pó. Miguel Relvas já não só ameaçou ou chantageou. Também se irritou. Também mentiu!
Mentiu na Assembleia da República. Preparou-se mal. Depois, a tal pergunta da jornalista do Público e a lei de Murphy fizeram o resto!
Afirmou ter conhecido o tal Silva Carvalho em 2010 mas, das informações irrelevantes que ele lhe dera, recordava-se de uma inócua notícia de uma visita de Bush ao México. Notícia de 2007!
Já há um cordeiro sacrificado: chama-se Adelino Cunha, do gabinete do ministro. Não se percebe muito bem para que serve esse sacrifício, mas é o costume… Há sempre raia miúda!
Por mim espero que, demita-se ou não o ministro – num país normal há muito que isso teria acontecido -, não se esqueça que, na origem disto tudo, estão gravíssimos problemas na organização e funcionamento dos nossos serviços secretos.
Se cada macaco no seu galho, esperemos que não se esqueçam destes macacões!