Há 10 anos
Ainda não ouvimos uma palavra, seja da boca do primeiro-ministro seja da do ministro das finanças, sobre o dito resgate do Chipre. Sabemos que Vítor Gaspar foi um dos que, na madrugada de sábado, aprovou aquela decisão de confiscar os depósitos dos cipriotas. E não só, bem sei…
Por isso mesmo, porque fez parte da decisão que acabou de vez com a União Europeia, maior seria a sua obrigação de dizer qualquer coisa. Mas sabemos bem que poderemos esperar sentados. Nem ele está para se dar a essa maçada, nem nunca à sua mente chegaria a ideia de que pudéssemos merecer algum tipo de explicação.
Mas se do governo nada ouvimos, o mesmo se não passa do lado dos seus apoiantes. A legião de escribas ao seu serviço espalhada por todo o espaço mediático, resolveu propagandear que a situação é igual à da Islândia. E têm até o desplante de perguntar como é possível que os que apoiaram o processo islandês estejam agora revoltados com esta medida imposta ao Chipre.
O silêncio do governo é a prova de que já morreu, que já não está nem diz. Os seus indefectíveis apoiantes e ideólogos bem se esforçam por esconder o cadáver, mas não percebem que apenas acabam por espalhar ainda mais o mau cheiro!