Há 10 anos
Na semana passada foi divulgado pelo Fórum Económico Mundial o ranking mundial da competitividade 2014/2015, que colocava Portugal no 36º lugar, à custa de uma subida de 15 posições.
Não sei o que é que isto vale, mas não me parece que valha de grande coisa. Lembra-me até, agora que tanto se fala do tema, que a selecção nacional de futebol há pouco mais de dois meses, à chegada ao Brasil era, pelo ranking da FIFA, a quarta melhor do mundo…
Mas sei que a política deste governo tem tido grande preocupação com a competitividade do país, mas também sei à custa de quê. Sei que o governo, de tão preocupado com a concorrência com os países de leste e até dos asiáticos, achou que o melhor para competitividade seria recriar esses países em Portugal. Com êxito – se calhar o êxito que lhe permitiu subir quinze degraus de uma só vez, o tal pulo gigante de Paulo Portas -, o país está já mais pobre que muitos desses países...
E sei que nesta dialéctica pré-eleitoral que se instalou nos partidos da coligação, em que a dupla Passos Coelho/Maria Luís aposta no rosto fechado dos duros e a Paulo Portas/Pires de Lima no riso de orelha a orelha dos comediantes, este ranking veio mesmo a jeito para o côr de rosa com que esta dupla está a pintar o país. Por isso ainda hoje se ouviu Pires de Lima voltar a esse ranking para criticar a oposição por ignorar este sucesso. Ou Paulo Portas zangado com a Srª Christine Lagarde, que só por lapso poderia ter dito que só a Espanha está a progredir... já que se não pode zangar com Maria Luís Albuquerque, que em vez de lhe fazer a vontade e dizer que vai baixar o IRS diz que, a baixar, será o IRC!