Há 10 anos
A ministra das finanças, entusiasmada no meio dos jotinhas, soltou-se do seu lado fleumático que lhe empresta um ar de alguma credibilidade, e virou danada para a brincadeira. Mandou-os multiplicarem-se, e falou de cofres cheios!
Ao juntar as duas percebeu-se que a causa não era a da natalidade, mas a da sustentabilidade do partido. Deste partido de Passos Coelhos, Relvas, Marcos Antónios e Marias Luís… Que precisa de jotinhas, de muitos e multiplicados jotinhas, quanto mais ignorantes melhor!
Era fácil de imaginar que Passos Coelho, esse expoente máximo do jotismo, se agarrasse aos cofres cheios. A expressão fora de Maria Luís, mas era a cara dele… E ninguém ficou surpreendido quando, com aquela cara que é a dele, veio dizer que “quando cheguei ao governo os cofres estavam vazios”, achando que somos estúpidos e que alguém acreditaria que foi ele que os encheu.
Já que António Costa mais uma vez fizesse de “Maria vai com as outras” e fosse apanhado nessa rede, é que não deixa de ser surpreendente. E preocupante!
António Costa não veio dizer, por exemplo, que os cofres até podem estar cheios mas é de dinheiro dos outros. E que para estarem cheios se está a pagar juros duas vezes. Ou que pedir dinheiro emprestado para meter nos cofres pode ser fetiche, mas dificilmente será de grande racionalidade económica. Mas não. António Costa apenas se lembrou de dizer que “ninguém se pode orgulhar dos cofres cheios”. Francamente!