Linhas manhosas
Aos primeiros minutos do jogo de ontem, no Bessa, o Benfica marcou um golo, por Pizzi, com o assistente de Jorge Sousa a assinalar prontamente fora de jogo ao marcador, confirmado pelo VAR. Das imagens televisivas, mostradas de vários ângulos e captadas por várias câmaras, não havia uma única que confirmasse o fora de jogo. Passados largos minutos lá surgiram as famosas linhas, com umas setas a indicarem 50 centímetros. Pizzi, dizia a tecnologia, estava adiantado em 50 centímetros relativamente ao penúltimo adversário. Poderiam ter apresentado dois, três ou cinco centímetros, e esconderem-se atrás de uma unha do pé que Pizzi se teria esquecido de cortar. Mas não. Não fizeram a coisa por menos de meio de metro, deixando que a decisão atingisse a dimensão do escândalo.
Hoje, no jogo entre o Aves e o Braga, foi anulado, também por fora de jogo, do avançado bracarense Paulinho, claramente adiantado, sem qualquer tipo de dúvida, como as imagens claramente comprovavam. E também prontamente assinalado pelo árbitro assistente, e confirmado pelo VAR. E lá vieram as linhas ... com a indicação de ... 47 centímetros.
Ficamos todos esclarecidos sobre a tecnologia. Já tínhamos algumas provas que havia marosca na tecnologia ao serviço do VAR. A partir de hoje não temos dúvidas que é tão manhosa como as linhas que apresenta.
Como Pinto da Costa bem sabe. Sabe-a toda e, se vergonha nunca teve, por que haveria de a ter agora?