Mais que um tiro no pé
Não faço ideia se faz ou não sentido vacinar as crianças. Pelo que é dado a conhecer, não são, nem de perto, o principal grupo de risco; mas são tão transmissores, ou mais, que qualquer outro. Se acrescentarmos o efeito da interrupção das aulas, e o verdadeiro drama social que isso possa representar para toda uma geração, teremos os pratos da balança verdadeiramente inclinados para a sua vacinação.
Mas isto é o ponto de vista simples de um leigo.
Claro, mesmo para um leigo, é que não faz qualquer sentido que a DGS não divulgue os pareceres que sustentam a decisão de propôr a vacinação. Tanto mais que não a torna obrigatória!
Promover a vacinação das crianças, que não é obrigá-las a vacinarem-se mas, antes, convocar os pais para a sua vacinação, e simultaneamente comunicar que não divulga os estudos que a aconselham, não é apenas um tiro no pé. É um tiro certeiro no coração da credibilidade das autoridades de Saúde!