Mas...
As elites da direita portuguesa politicamente correcta assumem-se sempre muito democráticas. Demarcam-se de Trump, de Orban ou de Matteo Salvini ... mas ... sempre com um "mas".
Eles são nacionalistas.. ...mas a economia cresce. Eles são xenófobos ... mas o desemprego desce. Eles são racistas ... mas também não se pode abrir as portas a toda a gente. Ou, normalmente por fim, na última das últimas alegações, eles até poderão nem ser flores que se cheirem ... mas foram eleitos democraticamente.
Sabemos que é assim, vemos coisas destas todos os dias. Mas... o mais refinado dos "mas" surgiu agora com Bolsonaro.
Como lhes fica difícil (permitam-me este apropriado toque brasileiro) defender a criatura, atacam-lhe o ataque. Então transformam as gigantescas manifestações deste fim-de-semana do "ele não" num erro estratégico, nem que, para isso, tenham de recorrer a raciocínios "non sense" e a comparações espatafúrdias.
Não há volta a dar. O "mas" está-lhes na massa do sangue!