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Quinta Emenda

Tenho o direito de ficar calado. Mas não fico!

Quinta Emenda

Tenho o direito de ficar calado. Mas não fico!

Mudar e ficar tudo na mesma: bem!

No regresso ao campeonato, a meio da eliminatória da Champions com o Barcelona, na recepção ao Nacional, em dia de votação dos Estatutos, e noite chuvosa, o Benfica deu continuidade às boas exibições com que tem vindo a brindar os adeptos do futebol.

Se não foi uma primeira parte de luxo, andou lá perto. Pressão alta, rápida recuperação da bola, boa circulação, jogo associativo, a um ou dois passes, muita criatividade, repentismo, e lances de rotura. Faltaram golos à exibição, como vem sendo habitual.

Logo na abertura do jogo o Benfica construiu a primeira oportunidade para marcar. Assistido em desmarcação pelo miúdo Leandro Santos - uma das seis novidades no onze -, Bruma rematou, mas o guarda-redes do Nacional, Lucas França, querendo desde logo dizer ao que vinha - e vinha para para manter a sequência de grandes exibições dos guarda-redes adversários na Luz - defendeu para canto. Aos cinco minutos marcava: Samuel Dahl interceptou uma bola suja, pela pressão benfiquista, do guarda-redes, e serviu Zeki Amdouni, para um tiro de pé esquerdo, sem hipóteses de defesa.

Pouco depois, ainda antes dos 20 minutos, Zé Vítor faz penálti sobre Belotti. O árbitro, André Narciso, assinalou de imediato, mas o VAR chamou-o ao monitor, não se sabe bem por quê. O penálti seria confirmado, e convertido com mestria por Kokçu.

A partir daí o Benfica baixou a pressão, o Nacional começou a mostrar que também sabe jogar à bola, e o jogo, já sem ser de sentido único, continuou interessante e bonito como espectáculo. A posse de bola passou a ser dividida, mas as situações de golo apenas aconteciam na baliza da equipa insular. Desta vez não tanto desperdiçadas como nos últimos jogos. 

Dos 11 remates do Benfica, apenas um, já no fim da primeira parte, não foi enquadrado com a baliza. Foi o remate do Leandro Santos, que saiu a rasar a barra, provavelmente por, depois de tantas defesas impossíveis do Lucas França, lhe ter dado a força e a colocação que o tornasse indefensável.

Aconteceu - esse único remate desenquadrado - logo a seguir ao primeiro do Nacional. Na cobrança de um livre a meio campo, com a bola a sair muito ao lado do poste esquerdo de Samuel, de novo dono da baliza. Foi tudo o que o Nacional fez.

E no entanto acabou por ter a oportunidade de sair para o intervalo com o resultado na margem mínima. Já no período de compensação, de repente, demos pelo jogo interrompido. Percebeu-se que ali havia ... VAR. E houve penálti, de António Silva, descortinado pelo VAR. De todo desnecessário, o rapaz anda com azar... Não fosse a grande defesa do Samuel (na foto) e, depois de uma dúzia de oportunidades de golo criadas, o Benfica teria entrado na segunda parte pressionado pelo resultado.

Que se iniciou na mesma toada, com o Benfica a jogar bem e a criar situações para marcar. Depois de um belo lance individual de Amdouni, Bruma recebeu a bola pela esquerda e disparou ... ao poste, mesmo no ângulo com a barra. Um grande remate que merecia ter acabado em golo, e que poderia ter mudado o destino da exibição de Bruma, dando-lhe a confiança que claramente lhe faltou durante todo o jogo, acabando substituído por Schjelderup, a 10 minutos do fim.

Logo a seguir o defesa Djibril Soumaré, já amarelado, fez falta sobre Bruma que se ia isolar. Deveria ter-lhe sido mostrado o segundo amarelo, mas não foi. Imediatamente a seguir, Dahl, com um grande remate (de pé direito!), mete a bola na baliza. Golo anulado, por a bola ter vindo de um ressalto em Bruma, em posição de fora de jogo.

Interrompeu-se aqui, por volta do oitavo minuto da segunda parte, o domínio claro do Benfica. Primeiro, durante perto de 10 minutos, com o Nacional a tomar conta da bola, e a colocar-se por cima do jogo, criando então a única clara situação de golo (para além da do penálti), com um avançado da equipa da Choupana, desequilibrado, a falhar a emenda para a baliza. Depois, com o jogo a partir-se.

Durante 15 minutos, que acabaram com as quatro substituições a que Bruno Lage lançou mão, a meio da segunda parte, o Benfica não deteve o controlo e o domínio absoluto do jogo.

As entradas de Leandro Barreiro, Aktürkoğlu, Renato Sanches, e Pavlidis (para as saídas de Belotti, que não fez um mau jogo, mas continua sem convencer;  Kokçu, já esgotado, Dahl, que continua em bom nível e  Amdouni, o melhor em campo (mesmo com o guarda-redes do Nacional a defender o que defendeu), trouxeram de volta o Benfica ao domínio do jogo.

Até ao fim, o guarda-redes do Nacional ainda negou outro golo, desta vez a Leandro Barreiro, e Pavlidis desperdiçou mais uma excelente jogada, antes de marcar o terceiro, já ao minuto 90, em novo penálti. Novamente a partir da intervenção do VAR.

No fim, ficou mais um jogo em que o resultado foi demasiado curto para o futebol jogado, e para as oportunidades de golo criadas. Mas ficou mais: ficou a consolidação da estratégia de rotação de Bruno Lage. Hoje o Benfica tem um plantel apto para enfrentar esta fase decisiva da época.

Bruno Lage roda jogadores e a equipa continua a jogar bem. E jogar bem continua a ser a melhor forma de aumentar a probabilidade de ganhar!

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