Muitos problemas para resolver
Em noite eleitoral a Luz voltou a ficar abaixo dos 50 mil, no jogo com o Estoril. Ainda assim esteve lá gente a mais. Que não deveria ter entrado.
Com a sanção da UEFA suspensa por dois anos, os energúmenos das tochas quiseram a fazer uma demonstração de estupidez. O jogo esteve parado uns minutos, precisamente quando a equipa precisava de todos os segundos para desfazer o empate, já no fim da primeira parte. Mas nem é isto que mais choca, quem quer prejudicar o próprio clube está disposto a tudo, e nas tintas para o que prejudica a equipa. O que mais choca é que não haja no Benfica quem acabe com esta impunidade!
Rui Costa tem mais um problema para resolver. Seria bom que começasse a dar nota de que os começa a resolver.
Schmidt deu descanso a Rafa, Di Maria e João Neves. A acumulação de amarelos deu-o a Otamendi. Com quatro baixas, as novidades foram Tomás Araújo (no lugar de António Silva, que jogou no de Otamendi), Tiago Gouveia e Marcos Leonardo, o ponta de lança que desta vez saiu na rifa. E o sistema foi o 4X3X3 clássico, que com Rafa nunca se vê.
Poderia mudar o sistema, mas não mudava o futebol tipo do Benfica. O primeiro golo - um grande golo de Kokçu, hoje liberto de fantasmas, no lugar certo, foi um verdadeiro distribuidor de jogo - chegou no segundo remate (o primeiro tinha sido do mesmo Kokçu, na cobrança de um livre) ao quarto de hora de jogo. Logo a seguir poderia chegado ao segundo, numa bela tabela entre Aursnes e Gouveia, concluída com um grande remate de João Mário e uma boa defesa de Dani Figueira. O Benfica não estabilizou à volta do golo e dessa boa jogada, e foi o Estoril a crescer, a chegar ao empate na primeira vez que chegou à baliza de Trubin e, depois, a quase fazer o que quis do jogo.
Das bancadas começaram a chover assobios e, a seguir, as tochas. Valeu que, em cima do intervalo, David Neres foi à linha de fundo e cruzou para o segundo poste, donde Tiago Gouveia assistiu, de cabeça, Marcos Leonardo, para o segundo. Foi quase como se não tivesse havido intervalo. Logo no arranque da segunda parte, Tiago Gouveia marcou o terceiro, e arrumou com o resultado.
Mas poderia não ter arrumado. Porque o Benfica continuou a oscilar ao longo do jogo, e o Estoril continuou a jogar à bola. Tanto que o Trubin acabou com mais defesas que o Dani Figueira. E porque o árbitro Manuel Oliveira é o "verdadeiro artista". Como agora têm de comunicar ao público as decisões tomadas através do recurso às imagens do VAR, este "artista" teve a distinta lata de não confirmar o penálti que todos tinham visto, declarando simplesmente "que o jogador 22 não cometeu falta".
E pronto... temos que continuar à espera... Que isto passe, ou que se resolvam os problemas para acabar com isto.