Não correu bem. Mas também teve tudo para correr mal!
Há precisamente uma semana dizia aqui que aquela exibição com a Suíça não prometia grandes cometimentos. Que simplesmente tinha corrido bem. E que com aqueles jogadores, quando corre bem...
E, não. Não voltou a correr bem. Na passada quinta-feira, com a Chéquia (2-0), como agora se diz, ainda se salvou o resultado. Hoje, em Geneve, na Suíça, já nem para salvar o resultado deu. O golo de Seferovic, logo aos 50 segundos do jogo, desta vez valeu. E valeu tanto que, para além de ter valido o resultado, e ditado a derrota da selecção que lhe complica as contas do apuramento para a fase final da Liga das Nações, deixou logo o jogo no tabuleiro que os suíços desejavam. E que já tinham procurado no jogo do passado domingo.
Quando uma equipa tem processos assimilados, podem trocar-se três ou quatro jogadores - sete, como hoje fez Fernando Santos, já pode ser mais complicado - sem que o colectivo se ressinta. Até porque qualidade não falta a praticamente todos. Se não há processo, como claramente a selecção não tem, tudo fica a depender da inspiração dos jogadores, e das suas decisões em campo.
Foram muitas as mudanças que Fernando Santos fez na equipa que hoje iniciou o jogo. Em todas elas, os que hoje entraram hoje de início, são de qualidade inferior aos que ficaram de fora. Mas, mais que isso, flagrante é a entrada de Rafael Leão. Não é que "o melhor jogador da série A italiana" não seja jogador para a selecção. O futebol que joga é que não é futebol para a selecção. Para esta equipa, e para estes jogadores. Ao colocá-lo na equipa inicial Fernando Santos deixou aquela ideia que, para quem não sabe para onde vai, todos os caminhos servem.
Na segunda parte, corrigido esse equívoco com a entrada de Diogo Jota, e Gonçalo Guedes, e depois Bernardo Silva (Mateus Nunes e Ricardo Horta já entraram tarde de mais), a qualidade do jogo português melhorou um bocadinho. Não muito, mas chegou para surgirem finalmente oportunidades suficientes para que o resultado fosse outro. Como bem mereciam os portugueses presentes no estádio, em aparente maioria, que se não cansaram de puxar pela equipa.