Não tem explicação!
Depois da Europa, depois da Taça, chegou a vez da Taça da Liga. Uma a uma, o Benfica abandona todas as competições. Jogo a jogo, o Benfica teima em negar qualquer tipo de recuperação. Insiste em não desistir da crise, e persiste agarrado à imagem de um interruptor.
Não tem explicação!
Depois do empate em casa com o Braga, na primeira jornada há já não sei quantos meses, hoje, na segunda jornada, com o Portimonense, em casa, na Luz, o Benfica tinha que dar sequência à excelente exibição de Tondela, no domingo passado, tinha que ganhar e tinha que ganhar por muitos, para se ir protegendo da concorrência do Braga.
Pensou-se que assim iria acontecer. Aos 40 segundos já o Benfica concluía em golo - de Jonas, evidentemente - uma espectacular jogada de futebol. O adversário apresentava-se sem oito dos seus titulares. Pelo menos sem oito do onze inicial que apresentara em Alvalade, também no domingo. E o Benfica, ao contrário, mantinha oito dos onze de domingo passado.
Com tudo para correr bem, aconteceu o que sempre tem acontecido. A equipa desligou e foi-se afundando. Desta vez, e ao contrário do que vem sendo hábito, os deuses não foram impiedosos com os jogadores do Benfica, e deram-lhes uma segunda oportunidade. À meia hora de jogo, quando o Portimonense era já dono e senhor do jogo, Lizandro fez o segundo golo, na sequência de um canto.
Os jogadores do Benfica não ligaram muito a essa segunda oportunidade. Não perceberam que aquilo era uma dádiva divina a agarrar com ambas as mãos. E o jogo foi para intervalo com o Portimonense com mais cantos, mais remates e com a mesma posse de bola do Benfica.
Logo no arranque da segunda parte, o Benfica teve o que merecia. Mais um livre lateral e ... golo. Rui Vitória mexeu na equipa, e mexeu mal. Já tinha estado mal nas três caras novas que introduzira de ínício - Svilar, Samaris e Zivkovic, por sinal os piores de todos - e foi por aí que teve que começar, retirando o destrambelhado grego e o jovém sérvio, acabado na jogada inicial, substituídos pelos miúdos Keaton e Diogo Gonçalves. Que só não foram piores ainda porque ... era impossível. Pior ainda era, e foi possível, com a última, com a entrada de Sferovic (quando já não se acredita em nada, acredita-se em millagres) para o lugar de Pizzi.
E como os deuses, ao contrário dos jogadores do Benfica, não dormem, quando faltavam 6 minutos para o final, um canto palerma deu no golo do empate. E no adeus à Taça da Liga, aquela que dantes era ... certinha. Favas contadas, noutros tempos.
O que está a acontecer ao Benfica resolvia-se mandando embora dez ou onze jogadores. Como se sabe, no futebol nunca acontece assim. Como não é possível mandar embora tantos jogadores, e alguém tem que sair...