Nas antípodas
Enquanto por cá não há dia sem notícias da nossa classe governante - depois de, ontem, Paulo Cafôfo, hoje, para não fugir à regra, volta Fernando Medina à cena, sem que ainda de lá tivesse saído, desta vez por buscas na Câmara Municipal de Lisboa que não anunciam nada que não mais do mesmo, e voltam mais indemnizações na TAP, desta vez com gente indemnizada mesmo sem sair - das antípodas chegam-nos notícias de uma governante ... nas antípodas.
Jacinda Ardern, a primeira-ministra da Nova Zelândia que protagonizou a mais inspiradora forma de servir um país a governar, mesmo que a "Jacindamania" não tenha frutificado como exemplo para o planeta, anunciou a renúncia ao cargo. Eleita pelo Partido Trabalhista para chefiar o governo neo-zelandês, em 2017, com 37 anos, disse que o seu “tanque está na reserva”. Que "é humana", e que "chegou a hora": "Estou de saída porque com um trabalho tão privilegiado vem uma grande responsabilidade. A responsabilidade de saber quando você é a pessoa certa para liderar - e também quando você não o é."
Aos 42 anos, Jacinda Ardern sai para viver a sua vida. Para criar a filha, que amamentou em plena Assembleia Geral da ONU. E para casar com o companheiro e pai da filha. Nem para casar tinha tido tempo...
Nas antípodas, as antípodas ...