O anúncio
Num anúncio publicitário a uma dessas plataformas de levar comida a casa - que dão emprego (o segundo, porque o primeiro é às portas da AIMA) a milhares de imigrantes asiáticos -, recentemente surgido nas televisões, uma jovem - os jovens é que dominam estas coisas das plataformas digitais - explica ao pai (os pais dos jovens têm mais dificuldade em dominar a matéria) as maravilhas do serviço. O pai é José Mourinho, a filha não deverá ser a sua, mas o pai é que importa. Evidentemente!
Explica-lhe ela que pode pedir tudo.
- Tudo, mesmo? - interroga ele.
- Sim, tudo!
- Então peço um clube para treinar...
A resposta ao pedido não tardou, e logo apareceu o Fenerbahçe, de Istambul, na Turquia, onde não se gosta de trabalhar, pelo que diz o outro. Que logo lhe disse, como a "filha" do anúncio, que pode pedir tudo.
Não se sabe se, como no anúncio, chegou a perguntar se era mesmo tudo. Imagina-se que não. Que tenha saltado por cima da pergunta e desatado a pedir tudo. A começar pela indemnização ... Depois - diz-se - Lukaku, Dybala, Humells ...
Há quem tenha de pagar anúncios a pedir emprego. Mourinho recebe - e não terá sido pouco - por um anúncio a pedi-lo. Genial. Mais uma vez!
Os desgraçados que, para trabalhar sem nunca terem um emprego, têm passar dias e noites à espera de um papel que lhes custa três ou quatro meses de trabalho, não fazem parte desta história. Nem cabem no anúncio!