O dedo
Os incêndios do ano passado continuam a chamuscar António Costa. Ele bem se esforça por se desviar, passar ao lado, não olhar para não ser visto. Mas ninguém o deixa, e ninguém baixa o dedo sempre espetado na sua direcção.
O primeiro aniversário da primeira série dos trágicos incêndios de 2017 deixou isso bem claro. Marcelo, Associação das Vítimas e imprensa não esquecem, nem permitem que se esqueça, que é ali que mais tem de doer a António Costa. E não se limitam a usar o dedo apenas para a pontar, pôem-no na ferida, espetam-no lá bem dentro...
Por muito especialista que seja - e é - a fazer-se desentendido, a assobiar para o lado, desta, nunca António Costa se irá ver livre.