O estado da relação
As medidas anunciadas no final da semana pelo Ministro das Finanças, mais a Ministra da Presidência e mais a Ministra do Trabalho e Segurança Social, e menos a Ministra da Agricultura, contra a inflação e as suas consequências nos rendimentos - boas, más ou assim-assim, para o caso não importa - foram arrasadas pela oposição. Da direita à esquerda.
"É pouco, e tarde de mais" - dizem. Só que, desta vez, e depois do "retiro de reconciliação nupcial" nas Caraíbas - como lhe chamou o Ricardo Araújo Pereira -, o Presidente Marcelo calou de imediato a sua gente, sentenciando que "são bem tomadas no momento adequado".
Mas se, nesta altura, esta declaração, dá sinais que o retiro nas Caraíbas, com noite extra no Luxemburgo, fez bem ao casal desavindo, o que dizer do que desdisse Marcelo sobre a "maioria requentada" e as fraquezas e cansaços de Costa, agora já cheio de genica e em plena forma?
Poderia dizer-se que, no "bem bom", os casais são assim e esquecem todas as "facadinhas". Poderia também dizer-se que há casais assim - que nas costas dizem tudo e, cara a cara, já dizem que não disseram nada. Ou que há relações que se alimentam de pimenta...
Mas poderá ainda não ser nada disso, e ser apenas o Presidente a ser o Marcelo de "uma no cravo, outra na ferradura". Ou o cata-vento que o outro lhe chamou, aqui há uns anos...