O Nobel também precisa disto: da surpresa!
Por Eduardo Louro
O Nobel da Paz é sempre o que mais expectativas alimenta. É sempre o mais aguardado, e na maior parte das vezes o mais previsível. Politicamente correcto umas vezes, déjá vu, noutras, e pedrada no charco ainda noutras. Mas raras...
Desta vez falava-se de Merkel - pouco menos que chocante - e do politicamente correcto Papa Francisco. Não estou a dizer que o Papa Francisco o seja, estou a dizer que a sua "nomeação" o era. Falou-se até de Guterres, mas foi por pouco tempo e ninguém lhe pegou.
Supreendentemente a escolha caiu num nome que mais parece o de uma banda de jazz: Quarteto de Diálogo Nacional. Não é um grupo de jazz, se o fosse talvez fosse mais conhecido. É um quarteto porque integra quatro "organizações chave" da sociedade civil tunisina: União Geral dos Trabalhadores da Tunísia (UGTT), Confederação de Indústria, Comércio e Artesanato da Tunísia (UTICA), Liga dos Direitos Humanos da Tunísia (LDHT) e Ordem Nacional dos Advogados da Tunísia (ONAT). Foi formado no Verão de 2013 e "estabeleceu-se como uma alternativa, um processo político pacífico numa altura em que o país estava à beira de uma guerra civil".
O Nobel também precisa disto: da supresa!