O roto
Por Eduardo Louro
Quando aqui comentei pela primeira vez a vitória eleitoral do Syriza na Grécia, a propósito dos assustados, referi que Rajoy já tinha dado conta do seu pânico, mas que por cá ainda se não tinha visto qualquer reacção. Não tinha, na altura... Mas chegou, tarde como é costume, mas chegou pouco depois a reacção do governo. É certo que não revelou o pânico de Rajoy, porque por cá não há Podemos. Nem juntos, nem separados. Simplesmente não há...
Mas não foi menos gravosa, antes pelo contrário. Rajoy revelou medo, e foi acintoso e inapropriado na reacção. Indelicado. Foi uma reacção a um resultado eleitoral, onde se não deveria meter, é certo, mas foi isso. Foi indelicado para com um partido que acabara de ganhar as eleições no seu país. Passos Coelho, com toda a sua inépcia e a arrogância dos impreparados, reagiu mais tarde e quando o fez atingiu um governo democraticamente eleito num país afim. Não foi apenas inapropriado e acintoso, entrou na esfera do conflito diplomático!
Passos Coelho, e este governo - das formiguinhas - não é apenas incompetente e inapto. Não é apenas o último suporte do radicalismo alemão, cujos interesses sobrepõe aos nacionais. É também ridículo, o roto que aponta ao nu!