Os patuscos não costumam cheirar mal
Por Eduardo Louro
"Vá tomar banho, que cheira mal"- foi assim que o patusco advogado de Sócrates se dirigiu a uma jornalista do Correio da Manhã. "Deixem-me... metem-me nojo" - virando-se para todos os outros, à saída do Supremo Tribunal, que decidira pela manutenção da prisão preventiva, não dando provimento ao "habeas corpus", já o quinto e desta vez pedido pelo próprio Sócrates.
E assim deixa de ser um patusco, que às vezes até tinha alguma graça, para passar simplesmente a ser um grosseiro sem graça nenhuma. Quiçá mal cheiroso. Pelo menos nas palavras que lhe saem da boca!
Qualquer coisa como começar por sustentar a defesa na total inocência do seu constituinte - independentemente dos dias em que conhecia ou não conhecia a acusação - e acabar agarrado às teias das formalidades.