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Quinta Emenda

Tenho o direito de ficar calado. Mas não fico!

Quinta Emenda

Tenho o direito de ficar calado. Mas não fico!

Passeio à Madeira

Mais uma etapa cumprida na corrida ao 38. Desta vez na Madeira, no Caldeirão dos Barreiros, com a oitava vitória consecutiva, o novo recorde da Liga, com mais uma boa exibição, e três golos sem resposta. Bem poucos para o que o Benfica - sem Gonçalo Guedes, impedido por lesão que obriga a intervenção cirúrgica ao menisco e, portanto, a ausência ainda prolongada, e sem Rafa, engripado - produziu, e para as oportunidades criadas no jogo.

Mais que mais uma etapa cumprida, foi mais uma confirmação da exuberância do futebol que o Benfica está a apresentar, e da superioridade para a concorrência. 

O Marítimo entrou no jogo com a ideia de introduzir uns grãos de areia na máquina benfiquista, pressionando alto, e forte, na tentativa de roubar todos os espaços aos jogadores do Benfica, e impedi-los, assim, de porem os motores em funcionamento.

Durou pouco mais de cinco minutos. Essas estratégias são sempre de curta duração, a isso obriga o desgaste que provocam. Aos 10 minutos já a máquina de futebol do Benfica estava em funcionamento, entrando em velocidade cruzeiro a partir daí.

E quando a máquina entre na sua rotação normal, acontece espectáculo e, se não golos, muitas oportunidades para isso. E foi assim, muitas oportunidades. Mas poucos golos.

Na primeira parte apenas um. Porque João Mário estava como o modo de desperdício activado, falhando até um penálti. Foram três os golos que teve à mercê, e que desperdiçou. E porque, depois, o guarda-redes maritimista entrou em modo superlativo, negando dois golos, um a Neres e outro a Grimaldo.

Foram então quinze, os remates do Benfica. Todos em finalizações de grandes jogadas de futebol, que bem poderiam ter tido sucesso. Mas o golo tardou de mais. Chegou apenas à beira do intervalo, muito depois do penálti falhado (para as nuvens, ao tentar o remate em força para o meio da baliza) por João Mário, então a assistir Neres para uma finalização de grande classe.

O penálti falhado, à meia hora de jogo, foi um bálsamo para Marítimo. Depois de tantas às vezes se ter visto livre do golo, os jogadores acreditaram que todos os Deuses estavam do seu lado. E que, quem não marca, sofre. A reacção imediata acabou até com a bola dentro da baliza de Vlachodimos, que ainda não tinha sido obrigado a qualquer defesa. Toda a jogada foi bem armada, e próprio remate de grande espectáculo, mas já o árbitro assistente tinha assinalado o óbvio e evidente fora de jogo. Mas só por má colocação, porque na realidade, eram apenas 15 centímetros.

Acabou por nem sequer chegar a ser reacção. Foi apenas um acto isolado em toda a primeira parte, o Benfica não permitiu que fosse mais. 

O que não ficara resolvido na primeira parte - o resultado - acabou por se resolver logo no arranque da segunda. Para o Benfica foi como se não tivesse havido intervalo. Entrou como saíra, ao mesmo ritmo, com a mesma qualidade, mas com a vantagem de marcar à segunda oportunidade, logo aos cinco minutos. João Mário, assistido por Grimaldo, mas beneficiando do pânico espalhado por Gonçalo Ramos na pequena área do adversário, redimiu-se dos falhanços anteriores. E voltou a igualar o jovem colega no topo da lista dos marcadores da Liga.

Sete minutos depois, o terceiro, numa jogada espectacular, com combinação perfeita, como sempre, entre Aursenes (mais uma exibição enorme) e Grimaldo (outra), concluída com o toque de calcanhar, de classe, com que deixou a bola para a finalização de Neres, que tinha precisamente iniciado a jogado, e bisar na partida. E o Benfica deu por cumprida a missão. 

Tirou o pé do acelerador, e passou a gerir o jogo e o resultado, permitindo então ao Marítimo alguma bola. E a Vlachodimos tocar-lhe também. Fez a primeira defesa, e fácil, limitando-se a agarrar a bola, aos 65 minutos. 

Novas oportunidades de golo, só para o Benfica. E só para os substitutos, logo depois das respectivas entradas, em substituições tardias. Aos 82 minutos saíram os marcadores dos golos, e entraram Musa e João Neves. Que logo a seguir ficou na cara do guarda-redes do Marítimo,  proporcionando-lhe mais uma grande defesa. Musa teria a sua oportunidade 10 minutos depois. 

Já em cima dos 90 entraram, em estreia, Tengstedt e Schjelderup, para substituirem Gonçalo Ramos e Aursenes, numa substituição que foi atrasada em dois ou três minutos, por dois cantos consecutivos para o Marítimo. Atraso fatal, já que nesse espaço de tempo o norueguês viu um amarelo. O quinto, que o deixa de fora do jogo com o Guimarães, na Luz. 

Tengstedt ainda dispôs da última oportunidade de golo, mas não revelou maturidade para a aproveitar. E Gilberto ainda entrou para substituir Grimaldo, na esquerda, já em cima do final do jogo. Que não foi um passeio à pérola do Atlântico, mas que acabou por não ficar muito longe disso. Porque, ao contrário do que se vê com a principal concorrência, o Benfica está a fazer isso. A transformar dificuldades em facilidades. Ou ameaças em oportunidades, como se diz em "estratégia". Em oportunidades para demonstrar que está num degrau bem acima do dos oito pontos que nesta altura tem de vantagem!

 

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