Preocupações
Faz hoje 5 anos que Portugal pediu ajuda externa ou, dito de outro modo, se entregou às mãos da troika. O que veio a seguir já sabemos... A dívida é maior, muito maior, os bancos são menos e piores. Como nós, afinal. Somos menos, grande parte foi embora, e provavelmente piores. Certo é que, se não somos, estamos. Pior. Ainda.
Ainda não sabemos quem são os portugueses - e as portuguesas - entre a fina flor da vigarice mundial nos papéis do Panamá. Mas sabemos que por cá, com ou sem recurso a offshores, mais dois destacados membros da Polícia Judiciária cederam à corrupção, e passaram para o lado de lá, ao serviço do narcotráfico, que diziam combater. Não são os primeiros, nem serão os últimos. A boa notícia é que foram apanhados. A má não é notícia, é preocupação: e quantos não são?
Preocupantes são também as declarações do Governador do Banco de Portugal, ontem na Comissão Parlamentar de Inquérito ao Banif: não tem culpa de nada - nunca tem culpa de nada, coitado -, culpados são o governo anterior - ingrato! -, a administração do banco, o BCE e a Comissão Europeia. Ele é que não. Não tem culpa, porque não tem poderes... Coitado. Outra vez...