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Quinta Emenda

Tenho o direito de ficar calado. Mas não fico!

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Tenho o direito de ficar calado. Mas não fico!

Privatização da TAP em 2015 - "crime, disse ela" (a IGF)

Da "confiança política" e "trapalhada" a "ativo tóxico sem idoneidade".  Pinto Luz debaixo de fogo da

O relatório da Inspecção-Geral de Finanças, solicitado pelo anterior ministro das finanças, Fernando Medina, por recomendação da Comissão Parlamentar de Inquérito à tutela política da gestão da TAP, foi hoje conhecido.

E não traz grandes novidades: diz que não houve racionalidade económica no negócio de entrada no capital da VEM Brasil, a empresa de manutenção da Varig, e isso já sabíamos (faltava a quantificação da perda, calculada em 906 milhões de euros); conclui que no negócio da privatização da TAP,  David Neelman foi financiado com um empréstimo de 226 milhões de dólares da Airbus, em troca do compromisso da compra pela companhia aérea de 53 aviões, garantido pela TAP, que ficou ela própria obrigada a pagar os 226 milhões de dólares emprestados a Neelman, se não comprasse os aviões; daí tirando a conclusão, como há 10 anos muitos andamos a denunciar, que a TAP foi comprada com o próprio dinheiro da TAP.

Também não é absolutamente novidade que esta estratégia era do conhecimento da Parpública e do Governo da altura, de que Passos Coelho era primeiro-ministro e, Maria Luís Albuquerque, a ministra das Finanças.

Novidade é que o dá como provado. E que, perante as provas, a Inspecção-Geral de Finanças conclua que tal deve ser comunicado ao Ministério Público para investigação.

Estranho é que o documento não refira o nome de Miguel Pinto Luz, na altura secretário de Estado das Infra-estruturas, Transportes e Comunicações, e nessa qualidade responsável directo por toda a operação, e actualmente ministro com a tutela da TAP. Que vai voltar a privatizar!

Já que o próprio Miguel Pinto Luz entenda que nada disto o põe em causa, e se entenda legitimado pelo primeiro-ministro pelo simples facto de ser membro do seu Governo, é normal. Não é nem estranho, nem novidade!

 

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