Quem primeiro alça...
A História do PSD não foge disto: ou está confortavelmente sentado à mesa do poder, e vive na paz dos anjos, com toda a gente feliz e contente como uma família em completa harmonia (a excepção de Pacheco Pereira é só para confirmar a regra); ou, caso contrário, se tem que cheirar de longe a mesa ocupada pelo rival, revela-se no saco de gatos que nunca deixou de ser.
Sem poder, não há líder que resista, venha de onde vier, acabando todos a provar do seu próprio veneno. Rui Rio esperou anos a fio para lá chegar, numa sólida estratégia de conquista do poder. Começou por criar uma aura messiânica para, a partir dela, construir pacientemente, gerindo aproximações e afastamentos, o mito do desejado que, numa qualquer manhã de nevoeiro, lhe haveria de garantir a unanimidade, dentro e fora do partido. E manhãs de nevoeiro, sabia bem, não faltam neste nosso cantinho... Mas nem assim resultou!
E lá está de novo o PSD em guerra civil, na sua História de autofagia onde tudo faz lembrar o Sporting... Até a convocação de um Conselho Nacional destitutivo, no primeiro passo de Luís Montenegro, o rosto do intocável aparelho do sportinguista Miguel Relvas. Porque nestas histórias "quem primeiro alça, primeiro calça"!
Como Frederico Varandas mostrou, há poucos meses ...