Rússia 2018#10 - Pondo o carro à frente dos bois
Estamos a meio da primeira pausa no campeonato do mundo, na ponte dos oitavos para os quartos de final da competição.
São oito as selecções que partem agora, já a partir de amanhã, para as grandes decisões. De fora estão os que não passarão de uma pequena nota de rodapé na História deste mundial, mesmo que sejam nomes grandes da História. E de outras histórias... De fora estão grandes jogadores, com Cristiano Ronaldo e Messi á cabeça. Sem grande surpresa.
Nas oito selecções apuradas apenas duas são grandes nomes do futebol mundial. À excepção da França e do Brasil, as grandes selecções estão fora. A Itália não chegou sequer a pôr lá os pés, a Alemanha foi o escândalo da primeira fase, e a Argentina, a Espanha e até Portugal, pela sua condição de campeão europeu, são as vítimas mais sonantes dos oitavos de final.
Brasil e França não são apenas os dois nomes maiores ainda em competição. São claramente as duas mais fortes equipas da prova e, em condições normais - a França não terá grande dificuldade em desenvencilhar-se do Uruguai do nosso descontentamento, e o Brasil, mesmo defrontando a terceira melhor equipa em prova, a Bélgica, não deixará de fazer valer o seu favoritismo -, protagonizarão uma final antecipada nas meias-finais. Uma delas terá de se contentar com o terceiro lugar.
Bafejadas pela sorte das circunstâncias - lembrar que a Bélgica foi penalizada por ter ganho à Inglaterra e, com o pleno de vitórias, ter ganho o grupo - do outro lado do alinhamento estão as restantes quatro selecções, onde a Croácia, um dos melhores projectos de jogo da competição, e a Inglaterra, a subir de produção e em clara rotura com o british kick and rush, são as equipas mais capazes. Uma delas será finalista. A Rússia? Às vezes há milagres, como bem sabemos.
Não há Ronaldo nem Messsi, mas há Cavani (espera-se que possa recuperar), Neymar (a ter que rebolar menos) e Mbappé (o jogador da póxima década), o trio atacante do PSG. E Coutinho, e Hazard. E Willian, e Modric e Pogba. E percebe-se que será essa final antecipada a decidir o melhor do mundial. Se não mesmo o melhor do mundo!