Rússia 2018#11 - o mundial europeu
E ao primeiro dia de quarto de final só resta Europa. Os mundiais sempre estiveram fortemente sujeitos à lei da continentalidade mas, de forma tão flagrante, nunca. Seis em seis. As seis selecções que ainda estão em prova são europeias. As semi-finalistas serão europeias, e o campeão do mundo é europeu!
Primeiro foi o Uruguai, às mãos da França, como se esperava. Talvez não se esperasse era que o jogo fosse tão marcado de circunstâncias. Circunstâncias do jogo, também muitas vezes chamadas de sorte e azar.
E o Uruguai, tantas vezes, como no jogo do nosso descontentamento, com a sorte do jogo, desta vez viu-a do outro lado. Desde logo com a ausência de Cavani, que simplesmente aviara a selecção portuguesa. Depois, a França marcou na primeira oportunidade que teve, como também tinha acontecido ao Uruguai, no sábado passado, mas como não lhe aconteceu desta vez. E nunca mais teve como agarrar o lado confortável do jogo. E por fim os guarda-redes... Enquanto Lloris defendeu tudo o que lhe apareceu pela frente, negou mesmo o empate logo a seguir ao golo francês com aquela que terá sido a melhor defesa do mundial, Muslera, pelo contrário, fez o segundo golo, numa casa inimaginável e acabou com o jogo.
A França é melhor, muito melhor e mesmo, agora, a melhor equipa em prova. Mas teve a sorte do jogo.
Depois... Foi o escândalo, mais um neste campeonato do mundo, com a Bélgica a mandar o Brasil para casa, no melhor jogo de futebol que a Rússia teve para nos oferecer. Note-se que os melhores nacos de futebol que nos foram servidos tiveram por protagonistas estas duas equipas.
Na primeira parte foi a Bélgica a dar espectáculo. Na segunda foi o Brasil. E no fim foram, mais uma vez, os guarda-redes a fazer a diferença. Não que o Alison tenha tido alguma responsabilidade nos golos sofridos, mas sofreu os que teve para sofrer. Ao contrário do Courtois, que apenas sofreu um dos quatro ou cinco que teve para sofrer.
E pronto, lá se foram as minhas previsões. Eu bem dizia que estava a pôr o carro à frente dos bois. Como todos os brasileiros, afinal... Numa coisa não me enganei - aquela meia final é mesmo a final antecipada. Só que em vez de ser com o Brasil é com a Bélgica.
Porque, sem dúvida nenhuma, França e Bélgica são agora as duas selecções mais fortes que lá estão. A França é globalmente melhor, e está física e mentalmentem mais fresca. Mas isso pode nem querer dizer muita coisa. Outra coisa é o mundial ter virado europeu. E diz-se por aí que a França tem umas contas a ajustar com o europeu...