Rússia 2018#3 - México, um "case study"
O mundial de Putin lá vai indo, já com muitos jogos. Uns de pouco interesse, um ou outro mais romântico - um clássico dos mundias, há sempre aquelas equipas românticas, naifs, que quase nos encantam, mas no fim acabam sempre a perder, como desta vez foi o caso sa da selecção do Peru, contra a Dinamarca - e um ou outro grande espectáculo. Nesta categoria continua a sobressair o Portugal-Espanha.
Surpresas nos empates da Argentina e, mais ainda, do Brasil. E uma grande surpresa: a derrota da Alemanha, num grande jogo do México. Sempre considerei a Alemanha na prmeira linha dos favoritos, com o Brasil e a Espanha, mas já aqui deixara, no primeiro texto desta série, as minhas reservas sobre o actual campeão mundial.
Não é, nem por isso, por essas reservas, nem pela surpresa, que destaco este jogo do grupo F. É porque me parece que constitui um "caso de estudo" para a equipa técnica e para os jogadores da selecção nacional. Não sei se se devem meter todos numa sala e ver este jogo vezes a fio. Ou se basta verem o jogo uma só vez e retirarem-se depois, todos, para umas horas de reflexão.
A equipa mexicana não tem um jogador que caiba no onze da selecção nacional. E para os 23, se calhar, não se aproveitariam mais que um ou dois. E no entanto aqueles jogadores não tiveram medo do campeão do mundo. Não entraram a tremer, nem em momento algum duvidaram de si próprios. Entraram a saber o que tinham de fazer para discutir o jogo e o resultado, não abdicando do seu futebol, das suas capacidades e das suas aptidões.
Jogaram e foram quase sempre superiores à Alemanha. Porque, tacticamente, o colombiano Juan Osório "deu um banho" a Joachim Löw mas, acima de tudo, pela atitude mental dos jogadores mexicanos. Ganharam por 1-0. Mas, se tivessem a qualidade dos jogadores portugueses, a jogar o que jogaram, teriam goleado os campeões do mundo.
É isto!
É por isto que Fernando Santos, e a sua equipa técnica, e os seus jogadores, deveriam ver este jogo e, depois, "partir pedra" em cima dele!