Sempre a mesma história? Não é bem assim!
Por Eduardo Louro
(Foto de A Bola)
Cada jogo de futebol entre Portugal e França arrasta-me sempre para a nostalgia da juventude perdida. É que a última vez que uma selecção portuguesa ganhou aconteceu no preciso dia em que fiz 20 anos...
Hoje repetiu-se apenas o que invariavelmente tem acontecido ao logo destes tantos anos que me levaram da juventude e me deixaram às portas da velhice: perdemos, voltamos a perder. Nem o facto de defrontarmos uma França que vinha de uma invulgar e verdadeiramente extraordinária série de três derrotas consecutivas, serviu para inverter esta história negra da selecção nacional.
E se esta história negra é feita de alguns jogos quase míticos, como aquele de 1984, em Marselha que, no prolongamento, levou a França de Platini para a final - e a vitória - do Campeonato da Europa, afastando de forma absolutamente injusta a nossa selecção de Néné, Chalana e Jordão. Ou como aquele de Roterdão, no europeu de 2000, onde o drama se voltou a repetir, com a França de Zidane, então campeã mundial em título, a afastar injustamente da final, e do título, também no prolongamento e desta vez através do golo de ouro, num penalti discutido e discutível, a selecção de João Pinto, Rui Costa, Figo e companhia. Ou mesmo como aquele do mundial de 2006 da Alemanha, em que mais uma arbitragem manhosa nos afastou da final do mundial.
É também feita de jogos como este, com indiscutível superioridade dos franceses perante uma equipa nacional medíocre, que só não foi uma equipa 11 Éders porque lá estiveram o Rui Patrício - que depois de três ou quatro boas defesas não merecia ter sofrido o golo como sofreu, a que não faltou muito para ser um dos seus habituais frangos - e o Pepe, o melhor da equipa. De resto, tudo Éders, com Nani ainda mais Éder que o próprio!
Um único remate à baliza em todo o jogo. Mas, para isso, foi preciso que a bola estivesse paradinha, sem ninguém à volta a mais de 9 metros . Quando os franceses estiveram em idêntica circunstância fizeram o golo...
Ah... as camisolas até não são feias. Mas são pretas, como a exibição!