Siga a dança
O Banco Central Europeu anunciou hoje uma nova subida das três taxas de juro directoras em 25 pontos base.
É a nona subida consecutiva, e fixa as novas taxas nos 4,25%, para as operações de refinanciamento, 4,50% para a cedência de liquidez, e nos 3,75% para os depósitos.
A nova taxa directora de refinanciamento é a mais alta em 15 anos. A de depósitos, a mais alta em 22 anos. A primeira, diz o BCE, para continuar a controlar a inflação. A segunda, não o diz, mas é para responder ao FED, que na véspera voltara a subir as taxas de juro - deixando-as mais de 1 ponto acima, com uma inflação mais de 2 pontos abaixo -, e evitar que o dinheiro passe para o lado de lá do Atlântico.
Coisa que, por cá, não preocupa muito os bancos, que passam a receber ainda mais pelo dinheiro, por pouco que seja, que captam de borla aos depositantes. Nem os portugueses, sem dinheiro para pagar as prestações dos créditos em que se encharcaram, a pensar que a vida dos empréstimos que contraíram era, toda ela, feita de taxas de juro negativas, quanto mais para aplicar em depósitos.