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Quinta Emenda

Tenho o direito de ficar calado. Mas não fico!

Quinta Emenda

Tenho o direito de ficar calado. Mas não fico!

Sorte a azar

A BOLA - SC Braga – Benfica DIRETO (Taça da Liga)

Foi em condições muito difíceis que o Benfica chegou a Leiria para disputar esta meia final da Taça da Liga, como é igualmente difícil o cenário que se avizinha para os próximos jogos, no campeonato e na Taça de Portugal. A pandemia, que aterroriza o mundo, e em particular o nosso país, e que no futebol, como, bem, disse ontem o presidente do Sporting, se transformou numa questão de azar, atingiu fortemente toda a equipa, roubando-lhe sete jogadores dos habituais titulares, e espalhando-se por todo o staf técnico.
 
Tem razão o presidente do Sporting. A pandemia, no futebol nacional, é uma questão de azar. E como o azar de uns é a sorte de outros... A do Porto, por exemplo, que na sexta-feira passada jogou com jogadores livres de covid que, no dia seguinte, estavam infectados. E, por sorte, os que mais precisavam de descansar. Por azar, os sete jogadores do Benfica e os elementos da equipa técnica que participaram nesse jogo, ficaram depois infectados. Por sorte e azar os laboratório que a Liga seleccionou para efectuar os testes é o que é, e dirigido por quem é. 
 
Às dificuldades de uma semana sem treinar, de ter que se apresentar sem sete titulares, com uma defesa toda remendada, com jogadores que nunca tinham jogado juntos, e com uma equipa técnica reduzida ao treinador principal, somavam-se as de defrontar a equipa que melhor futebol tem apresentado em Portugal, a mais mecanizada de todas, e a de processos de jogo mais consolidados.
 
Tarefa complicada, pois. Para minimizar os problemas da defesa, Jorge Jesus, que prefere Todibo (vá lá perceber-se por quê, até porque esteve o tempo todo a tentar corrigi-lo) a Ferro, que até já jogou muitas vezes com  o capitão Jardel, acrescentou-lhe Weigl. E a coisa até parecia funcionar, porque o alemão está a atravessar um bom momento, e a confirmar finalmente que tem condições para ser, no Benfica, o grande jogador que promete ser.
 
No arranque da partida o Braga quis confirmar as suas próprias qualidades e as dificuldades do Benfica. Entrou a querer mandar no jogo, e nos primeiros (sete) minutos fez parecer que o conseguia. Foi sol de pouca dura, como é próprio da altura. A partir daí o Benfica tomou conta do jogo, e virou o feitiço contra o feiticeiro. 
 
Era o Benfica que jogava e que criava oportunidades. O Braga resignava-se a espreitar o contra-ataque, em que por duas vezes criou situações de perigo para a baliza de Helton Leite. Só que, na sequência de um livre curto, à beira da meia hora, chegou ao golo. Ricardo Horta recebeu a bola sem marcação e cruzou-a para a área e... primeira falha da defesa do Benfica. Falha no posicionamento e falha na marcação. O Braga colocou três jogadores no sítio onde a bola iria cair, sem nenhum defesa a marcá-los. Dois em posição de fora de jogo, e o terceiro, Abel Ruiz, colocado em jogo por Todibo, que ficou para trás.
 
O Benfica reagiu bem, e o Braga continuou a defender bem, o que não impedia no entanto que as oportunidades de golo continuassem a surgir. A mais clara acabou num excelente remate de Darwin, devolvido pelo poste. As outras iam sendo resolvidas por São Matheus, que em vez de se dedicar aos evangelhos dedicou-se aos milagres. O empate acabaria por surgir já muito perto do final da primeira parte, num penalti (aleluia!) claro, convertido com classe por Pizzi.
 
Do mal, o menos. 
 
A segunda parte foi de nível bem inferior. Logo de entrada Matheus fez mais um milagre, ao evitar novo golo de Pizzi. E pouco depois, mais do mesmo. Quase a papel químico do primeiro, o Braga voltou a marcar. Canto da esquerda, Helton Leite desfaz o cruzamento com uma palmada e a bola foi parar direitinha aos melhores pés do Braga. Esses, de Ricardo Horta que, sem parecer, é dos melhores entre os melhores jogadores do nosso futebol. E claro, novo erro de marcação e de posicionamento. com os mesmos autores. É novamente Todibo que coloca em jogo David Carmo, adiantado a Jardel, que bem se esforçou, ainda raspou com a cabeça na bola, mas não consegui evitar que o defesa bracarense lhe acertasse em cheio. 
 
Estava-se em cima do primeiro quarto de hora, com muito tempo ainda para que o Benfica reagisse. Jorge jesus deu então início às substituições. Três de uma vez. Uma para trocar o infeliz (ou incompetente, saber jogar a bola é muito curto para um central, confirmou-se hoje) Todibo por Ferro. Outra para tirar Rafa (por Pedrinho) que estava a ser, como é geralmente, o maior desequilibrado. E outra para trocar Seferovic por Everton, deixando Darwin sozinho na frente de ataque. Taarabt, esse, continuou lá. A fazer o que sempre faz. Nada. À espera de ser trocado por Chiquinho, de igual rendimento.
 
E o muito tempo que faltava foi passando, com a defesa do Braga a chegar perfeitamente para as encomendas. 
 
E assim acabou um jogo em que não ganhou quem jogou mais. Não ganhou quem mais oportunidades de golo criou. Nem talvez tenha ganho quem mais quis ganhar, porque não se viu falta de vontade nos jogadores do Benfica. Nem ganhou quem mais atacou. Ganhou quem melhor defendeu!
 
Foi a defesa do Braga que ganhou e a do Benfica que perdeu. A defesa bracarense ganhou todas as bolas altas na sua área. A defesa remendada do Benfica não ganhou nenhuma. O guarda-redes do Braga fez quatro ou cinco defesas de golo. O do Benfica fez uma, e já em cima dos noventa minutos.
 
Por isso se percebe que o título não tem nada a ver com o jogo. Nem com o Benfica ter perdido o hábito de ganhar a  Taça da Liga. Tem a ver com o resto!
 
 

6 comentários

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    Anónimo 21.01.2021

    Bom dia, o que é fácil é frequentar um blog para única e somente
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    Anónimo 21.01.2021

    criticar por criticar. Para bom entendedor meia palavra basta, assim como para pessoas inteligentes. O Sr. jornalista foi muito explícito e compreensível. A quem não gosta tem bom remédio, frequente só os blogs da sua cor. Votos de um bom dia!!!
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    Anónimo 22.01.2021

    Toda as pessoas têm direito de opinar e eu defendo a liberdade de expressão. Se bem leu o meu comentário verificará que eu não critiquei nem me insurgi contra nenhuma opinião aqui expressa. O que eu fiz - e nunca deixarei de o fazer - foi indignar-me com o facto deste senhor fazer insinuações criminosas contra árbitros - e agora também contra profissionais de laboratórios de análises clínicas - cobardemente e sempre sem concretizar. Que eu saiba a calúnia é crime, e só os cobardes e energúmenos é que fazem patifarias destas a pessoas que, até prova em contrário, merecem o respeito da sociedade em geral. E não merecem seguramente que o uso da liberdade, que é um bem precioso, seja usado para tamanha patifaria. Sobretudo para quem passa a vida a dar lições de civismo e cidadania. Numa palavra: é um hipócrita e um cobarde que usa a insidia como arma de arremesso. E que põe em causa o brio profissional de todos quantos se limitam a exercer o seu ofício e a cumprir a lei com a dignidade que se impõe.
    Tudo isto porque não controla as emoções quando as coisas não correm bem às cores que com tanta devoção defende: típico dum futeboleiro ignorante e dum cidadão de meia tigela.
    Espero que tenha compreendido. "Para bom entendedor meia palavra basta, assim como para pessoas inteligentes"!
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    Anónimo 22.01.2021

    Acéfalo com toda a certeza!!!
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    Anónimo 22.01.2021

    Se não fosses acéfalo, escreverias alguma coisa de jeito e poupavas-me ao ruído dos pontos de exclamação. Devem estar em saldo na loja do teu bairro!
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