Suspiro de alívio
Lula venceu as eleições, e é, de novo, 12 anos depois, Presidente do Brasil. Com mais 2 milhões de votos que Bolsonaro, mas apenas 1% de vantagem.
Respira-se de alívio. Mas também se pode conter a respiração, de medo. O país está dividido ao meio e carregado de ódio. E de armas. As instituições estão minadas. O sistema político é complexo e anacrónico, e o judicial pouco menos que isso. Não se sabe como Bolsonaro reagirá à derrota. Nem, mesmo que aceite como veredicto democrático, o que fará do país daqui até Janeiro, quando entregar o poder.
Com menos de 51% dos votos, minoritário na câmara dos deputados e no senado, e com a teia de compromissos contraditórios, muitos deles não menos anacrónicos, que teve de construir para garantir a eleição, Lula da Silva tem pela frente uma espécie de missão impossível.
Para esta missão impossível tem a seu favor o apoio internacional, e o das figuras mais marcantes da sociedade brasileira. E a esperança que tenha aprendido com o passado...