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Quinta Emenda

Tenho o direito de ficar calado. Mas não fico!

Quinta Emenda

Tenho o direito de ficar calado. Mas não fico!

Há 10 anos

RECORDAR | EducaSAAC

Segundo um Estudo de Opinião promovido pela Câmara de Comércio e Indústria Portuguesa e realizado pela Centro de Estudos e Sondagens de Opinião da Universidade Católica, a bandeira nacional, com 43% das referências, e Fátima, com 37% são, para os portugueses, os principais símbolos nacionais.

A bandeira é um símbolo por excelência e a mais universal das referências nacionais. Mas Fátima?

Por amor de Deus! Mas não deixa de ser simbólico...

  

Há 10 anos

RECORDAR | EducaSAAC

Ao fim 36 anos de poder – cumpridos exactamente hoje, e a menos de três meses de bater o record de Salazar –, quando finalmente vê o seu poder absoluto contestado na Região, e no próprio PSD Madeira, Alberto João Jardim acha que é tempo de novos desafios. Por exemplo: de constitiuir um novo partido!

É verdade, Jardim diz que com são precisos novos partidos. E começa por criar um para si. E como não acredito que pense garantir com ele o poder vitalício, com um novo partido Jardim pretende reservar desde já a tribuna no espaço de oposição - mesmo que ao seu partido de sempre (?) - ao novo poder que se avizinha. Ele sabe, afinal melhor que ninguém, o que é governar sem oposição!

Talvez assim se perceba por que não quis nada com Bruxelas...

Há 10 anos

RECORDAR | EducaSAAC

Por que será que há gente que, para falar de produtividade e salários, vai buscar exemplos à Alemanha, mas que, quando se trata de recursos atrás de recursos, até à prescrição final, ninguém se não lembra dos exemplos que de lá vêm?

Que fique o exemplo deste senhor alemão, que foi um grande jogador de futebol de um dos maiores clubes do mundo, a que até hoje presidia. Porque foi condenado por fuga ao fisco, Hoeness abandonou os cargos que ocupava no Bayern de Munique e  simplesmente escreveu em comunicado: «Dei instruções aos meus advogados para não recorrerem. Isto corresponde à minha ideia de decência, conduta e responsabilidade pessoal. A fuga aos impostos foi o erro da minha vida».

Por, cá recorre-se à procura da prescrição. Por cá, usam-se os clubes como escudo de protecção, sabem que ninguém ousa tocar-lhes enquanto por lá estiverem... Pois, não é tanto a produtividade que nos sepra da Alemanha!

Há 10 anos

RECORDAR | EducaSAAC

Com mais um grande jogo, o Benfica deu hoje em Londres – 3-1 ao Tottenham - um passo importante para o apuramento para os quartos-de-final de Liga Europa.

Um jogo perfeito, com um resultado que poderia ter sido ainda mais dilatado. Que começou logo na equipa que Jorge Jesus escalou para entrar hoje em White Hart Lane, calado, a escutar os cânticos do Benfica e, porque os ingleses são assim, a apreciar o futebol de uma grande equipa de futebol. Um excelente compromisso entre a gestão do plantel – onde apenas se confirmou que Cardozo é neste momento um corpo estranho na equipa - e a ambição que o Benfica tem evidentemente que ter numa competição europeia. Porque foi na Europa que o Benfica se fez grande, e é na Europa que se mantém grande. Por isso, Jorge, toda a gente sabe que a prioridade é o campeonato, não é preciso estar sempre a dizê-lo. Nem a trocar o número ao Luisão – com uma exibição de sonho, coroada com dois golos - que é o 4, e não o 3. O que é preciso é chegar a estes jogos e mostrar, como hoje fez, que o Benfica tem um plantel de enorme qualidade e, ao contrário de anos anteriores, muito bem gerido. E uma ideia de jogo perfeitamente assimilada!

Excelente também Jorge Jesus nas substituições, a responder como se exigia ao golo do Tottenham, que já acontecera contra a corrente do jogo, retirando-lhe todas as posssibilidades de reacção. A partir daí sucederam-se as oportunidades de golo. Só deu mais um, mas deixou a equipa inglesa de rastos!

Há 10 anos

RECORDAR | EducaSAAC

 

Como aqui referi na altura, o chamado manifesto dos 70, tinha o grande mérito de trazer para a discussão pública a questão da reestruturação da dívida. De, como então dizia, tirar o tema da clandestinidade, ou do gueto em que o tinham enfiado.

Constato agora que teve ainda outros méritos. Teve o mérito – que não é grande, diga-se – de mostrar que António José Seguro não existe. O que não sendo novidade nenhuma - já toda a gente o sabia - não deixa de ser relevante, porque revela a forte limitação estrutural do regime. Quando numa matéria destas, em que até um tal José Gomes Ferreira faz figura de (parvo) gente grande, e não se ouve o líder do maior partido da oposição, percebe-se o bloqueamento do regime!

Mas teve, acima de tudo, o mérito de desmontar o grande trunfo deste governo e de toda a sua vasta entourage: a tese da inevitabilidade. O governo e todo o seu regimento mediático introduziram e exploraram até ao tutano a tese da inevitabilidade. Tudo o que fazia era inevitável, nunca havia alternativa, era assim e só assim podia ser… Viesse quem viesse, não havia volta a dar… Tudo estava escrito (no programa) nas estrelas, nada a fazer…

Pedro Passos Coelho, sendo ou não o mentor da tese, era o seu maior intérprete. Todos os dias, em todas as circunstâncias, lá estava ele com a bandeira da inevitabilidade bem erguida. Daí que tenha acusado o toque. E reagiu mal, se bem que depressa, na tentativa desesperada de salvar aquele que era o seu maior, se não único, trunfo. A seu cargo, e a cargo das principais figuras do seu governo, com Pires de Lima à cabeça, ficou o ataque à credibilidade da ideia. Reestruturar a dívida já não era exactamente uma coisa de perigosos e irresponsáveis radicais de esquerda, mas era um enorme disparate, especialmente nesta altura, a dois meses do fim do programa de resgate… A cargo do seu exército mediático ficou, mais uma vez, o trabalho sujo. Simples: para descredibilizar a ideia, e como o memorando era subscrito por gente de todos os quadrantes políticos, incluindo os próximos do poder, uns mais respeitados que outros, mas tudo gente de peso, era preciso começar selectivamente a descredibilizar os subscritores.

A malta pôs mãos à obra e tem sido um ver se te avias, um fartar de vilanagem, com o já referido José Gomes Ferreira a salientar-se pelo esforço e dedicação!

A força deste memorando reside, em primeira análise, na forma como deixa claro de que há na sociedade portuguesa o entendimento que há alternativas a esta política de destruição económica e social. Que há opções a fazer, e que podem ser feitas. E que é esta a melhor altura para as fazer!

É evidente que ninguém de bom senso poderia esperar que o governo, este ou qualquer outro, viesse aplaudir o manifesto. É evidente que aquilo que o manifesto propõe não é matéria para, à partida, ser tratada na praça pública. Só que, como também é evidente, vem para a praça pública, e pelas mãos de quem vem, pela simples razão de, contra todas as evidências, não ser opção (recatada) do governo.

E não o é por razões ideológicas e por objectivos de agenda. O governo não desconhece, como de resto a União Europeia também não, que a dívida não é pagável nestas condições. Que a economia não só nunca crescerá em termos de responder ao seu pagamento como nunca resistirá à asfixia dos juros, que são já a primeira despesa do Estado. O governo não desconhece que a manutenção ilimitada de políticas de austeridade, durante décadas e décadas, destrói todo o tecido social.

O governo e esta direita no poder sabem tudo isso. Mas também sabem que foi tudo isso que permitiu baixar salários de forma generalizada, degradar serviços públicos para abrir espaço para interesses privados, destruir a classe média e engrossar as camadas mais frágeis e mais dependentes da sociedade… Resumindo: subverter a política distribuição de rendimentos. Afinal, com o PIB a cair todos estes anos, os mais ricos ficaram mais ricos. O país produziu menos riqueza, mas isso não impediu que os mais ricos ficassem ainda com mais…

É isto que está em causa!

Há 10 anos

RECORDAR | EducaSAAC

Poderia não ter havido nexo causal, mas afinal sempre havia alguma relação entre o presidente e o manifesto para a reestruturação da dívida. Se não havia, há!

Dois dos subscritores eram colaboradores de Cavaco. Eram, já não são: Sevinate Pinto e Vítor Martins, consultores de Cavaco para a Agricultura e para os Assuntos Europeus, foram já hoje exonerados... Já não têm qualquer relação com Belém. Mas mantêm-na com o manifesto, como cada vez mais gente!

Há 10 anos

RECORDAR | EducaSAAC

Não sei se existe algum nexo causal entre as recentes intervenções do Presidente Cavaco e este novo Manifesto hoje divulgado, que junta 70 personalidades dos diferentes quadrantes políticos e das mais diversas actividades a favor da reestruturação da dívida.

Na verdade, designadamente neste novo Prefácio aos Roteiros, Cavaco, sem dizer tudo o que deveria ter dito, disse coisas importantes. Sem dizer que a dívida é impagável, disse que, se a economia crescesse como nunca cresceu nos últimos quarenta anos, andaríamos até 2035 para a colocar nos níveis exigidos nos tratados europeus que assinamos. Sem o dizer, disse portanto a mesma coisa…Sem dizer que o foguetório que por aí têm andado a propósito da saída do programa da troika não passa de circo, disse que nada acabava no próximo dia 17 de Maio. Que, quanto a autonomia, tudo continuava na mesma. Sem dizer que Portas é um pateta, que não há relógios nem 1640 nenhum, disse que até que paguemos 75% dos 78 mil milhões de euros que a troika cá meteu, quer dizer, nas próximas três décadas, não nos veremos livres de coisa nenhuma.

Na verdade, talvez mesmo sem querer, Cavaco só não deitou mais um balde de água gelada na euforia que o governo tem andado a alimentar à volta da saída do programa de resgate e do regresso aos mercados porque já não tem balde. Nem balde nem qualquer outro instrumento que lhe valha. Desbaratou tudo…

Mas, mesmo assim, contribuiu para que se visse bem o circo de palhaços que o governo montou. Permitiu que toda a gente, sem excepções, pudesse alcançar a dimensão do faz de conta em que o país caiu.

Não sei, como comecei por escrever, se tudo isto que Cavaco disse sem dizer, aliado aos seus já patéticos apelos à convergência dos partidos do arco da governação, de algum modo serviu como uma mola para este movimento que junta gente de direita e de esquerda, gente que há muito diz ser esta a única saída para o país com gente que chegou à mesma conclusão pela via da exaustão, quando bateu com a cabeça na parede.

Sei que esta é que é a convergência possível. Sei que é possível estabelecer consensos na sociedade portuguesa, mesmo que impossíveis nos viciados jogos de poder a que se dedicam, em regime de exclusividade, os partidos do tal arco da governação. Sei que, ao logos últimos três anos, quem defendia a reestruturação da dívida como condição sine qua non para a viabilidade do país, era acusado de radical. E embrulhado no rótulo do não pagamos. E que ao longo destes três anos não só não foi atingido nenhum dos objectivos do programa, como o país foi económica e socialmente destruído. Que em apenas três anos o país caiu a níveis de que demorará pelo menos vinte a sair. E que é simplesmente impossível continuar a cortar nas prestações que o Estado deve aos cidadãos sem tocar naquela que é a maior fatia da sua despesa: precisamente os juros!

Seja como for esta iniciativa tem para já o mérito de tirar da clandestinidade a ideia fundamental de renegociar e reestruturar a dívida e os seus juros, que a ideologia dominante empurrara para o gueto do protesto. Passos Coelho já se apressou a virar-lhe as costas, como se esperava. Mas já não pôde dizer que é coisa de radicais, dos que não honram os compromissos, dos que simplesmente acham que as dívidas não se pagam. Reviu o tom e simplesmente disse que isso colocaria em causa o financiamento do país. Que, sendo mentira, já é coisa normal!

Há 10 anos

RECORDAR | EducaSAAC

Na última e recente visita da troika, na décima primeira avaliação ao programa de resgate, fomos surpreendidos com a notícia que, das chamadas reformas estruturais, das grandes reformas do programa, a da Justiça tinha sido precisamente a primeira a ficar concluída. E a única,até agora...

Se ainda houvesse alguém em Portugal a acreditar no que estes senhores da União Europeia e do FMI aqui andam a fazer há três anos, depois de ouvir isto não restaria certamente ninguém para lhes dar crédito. Mas, se por algum mistério insondável gente houvesse que, por tanta distracção ou por tanta crença, achasse mesmo que as reformas de que o país precisa e as que a troika impõe são a mesma coisa, e que a da Justiça até já estava feita, logo há um Jardim Gonçalves pronto a esclarecer tudo.

Um verdadeiro desmancha-prazeres apostado em provar que isso da igualdade perante a lei não é nada que tenha a ver com a Justiça em Portugal. Que aquela venda que a Justiça tem nos olhos está mal posta, e que não há reforma que a coloque a fazer a sua função…

O Tribunal de Pequena Instância Criminal de Lisboa, quando, por prescrição dos factos, declarou sem efeito todas as nove contraordenações que haviam sido imputadas pelo Banco de Portugal a Jardim Gonçalves, deixou claro para toda agente que o sistema -  uma justiça para ricos, branda e lenta à procura das prescrições, e de outra para pobres, tão implacável quanto inacessível - continua intocável. Que reformar a Justiça não é mais que fechar tribunais mo interior do país, para que em Lisboa processos como este entrem  numa corrida louca de oito ou nove anos até à prescrição. Para que pessoas como Jardim Gonçalves nem paguem uns milhões de euros em coimas, mesmo que não passe de uns trocos, nem fiquem inibidos do exercer actividade na Banca. Onde tanta falta fazem!

Há 10 anos

RECORDAR | EducaSAAC

O Presidente da República sugeriu hoje aos jovens que, em vez de emigrar, investissem na agricultura, aproveitando os fundos comunitários que aí vêm. Para Belmiro de Azevedo os portugueses só terão legitimidade para reivindicar aumentos de salários quando atingirem a produtividade dos alemães, acrescentando que trabalham quatro ou cinco vezes mais que nós. Ou dos ingleses.  E o Vítor Bento, um dos economistas do regime, veio sugerir o lançamento de imposto de selo sobre os levantamentos de dinheiro, aos balcões dos bancos ou no multibanco. É - garante – a melhor maneira de combater a fuga ao fisco, a economia paralela e até a corrupção!

Tudo isto tem tanto mais graça quanto menos vergonha tem esta gente. Como se Cavaco Silva nada tivesse a ver com a destruição da agricultura portuguesa, nem com os desmandos dos fundos europeus utilizados para acabar com ela.

Ou  não fosse Belmiro um dos maiores, se não o maior, empregador português. Que, repare-se, não disse que os portugueses só poderiam aspirar aos salários dos alemães quando tivessem a mesma produtividade. Isso era evidentemente normal. Não, falou de simples aumentos dos salários, que são dos mais baixos da Europa e em escandalosa erosão de há pelo menos três anos para cá.

Ou Vítor Bento não fosse um homem da banca – e já se está a ver, a banca cobraria imposto de selo e não se importaria nada com mais umas comissões – e o presidente da SIBS…

Extraordinária …esta gente extraordinária. E sem vergonha…

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