Despedimo-nos hoje de 2018. A esta hora já milhões de terráqueos lhe deram o adeus definitivo!
Não deixa grandes saudades, mas a verdade é que os seus antecessores também não. Já nem nos lembramos de um que as tenha deixado... Diz o povo que "atrás de mim virá quem bom de mim fará". Tem sido muito assim e, se pensarmos no que o novo nos trará logo à nascença, poderá a assim voltar a ser. Estou a pensar no que vai acontecer em Brasília, daqui a umas horas, onde o presidente Marcelo não vai faltar. Será o único representante de um país da União Europeia presente, a abraçar Bolsonaro. Se calhar não poderia ser de outra forma, mas não estou absolutamente certo disso...
Cá estaremos - se as contas não nos sairem furadas - para ir contando como se irá portar 2019. Que terá muito que contar... Até porque tem muitas eleições, que deixam sempre muito para dizer. E muitas contas para fazer...
Estamos naquela altura do ano, despedindo-nos do velho para abrirmos os braços ao novo, em que se fazem balanços e apresentam previsões. Ligamos normalmente menos aos primeiros que às segundas – o que lá vai, lá vai… queremos é saber o que aí vem!
Saber se o acontecimento do ano foi isto ou aquilo, ou que a personalidade do ano é esta ou aquela, já não interessa muito. Já passou, e cada um tem o seu. Ou não, se calhar até não ligou nada a nada do que se passou. Ah… mas saber o que é que se vai passar, isso ninguém dispensa. Tem muito de espreitar pelo buraco da fechadura, e não há coisa que a malta mais aprecie que ver o que não dá para ver.
Daí que tenha procurado o que de mais credível haja no mercado das previsões para 2019. Não pensem que me socorri do primeiro charlatão que encontrei, da cartomante mais espampanante que se me atravessou à frente, ou do primeiro folheto de astrólogo que me deixaram no para-brisas do carro. Não, fui procurar a mais sólida vidente dos últimos anos. Tão sólida que, mesmo cega desde os 13 anos, previa tudo o que iria acontecer. Mais ainda, continua a acertar em todas as previsões, ano após ano, mesmo que já tenha morrido em 1996. O seu poder e a sua fama eram tais que, diz-se, foi até contratada pelo governo.
Dela – Baba Vanga de nome artístico, mas na realidade Vangelia Pandeva Dimitrova, nome que lhe não trai a nacionalidade búlgara – se diz que previu a data exacta da morte de Estaline (e sobreviveu!), o acidente nuclear de Chernobil, ou a queda da União Soviética. Para que não se possa dizer que só previa a leste, para o ocidente fez mais difícil ainda: previu acontecimentos posteriores à sua morte, alguns mesmo muitos anos depois, como os ataques de 11 de Setembro de 2001, a eleição de um presidente negro nos Estados Unidos, e até o Brexit.
Posso por isso partilhar sem qualquer receio que, para 2019, a “Nostradamus dos Balcãs”, como também ficou conhecida, previu o colapso económico da Europa, uma tentativa de assassinato a Vladimir Putin, a queda de um meteorito na Rússia, um tsunami na Ásia como o de 2004 e, ainda, que uma doença misteriosa tomará conta de Donald Trump, provocando-lhe um trauma cerebral.
Podem até estar já a dizer que “essas até eu adivinhava”. Que o tsunami se calhar até se adiantou um bocadinho, e já aconteceu na Indonésia. Que o colapso económico da Europa está à vista de toda agente. Que tentativas de arrancar a pele a Putin devem acontecer todos os dias, ou que de trauma cerebral sofre Trump há muito.
Mas... eu fiz o que pude. A senhora, morta há mais de vinte anos, fez muito mais que isso...
* Da minha crónica de hoje na Cister FM
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