Esperança entregue em mão
Ao 44º dia de guerra, depois de conhecidos os massacres de Bucha, Borodyanka e Chernihiv, mais 50 pessoas morreram, e outras 100 ficaram feridas, num ataque que atingiu a estação ferroviária de Kramatorsk, leste da Ucrânia, onde agora se concentram as forças militares russas. Mais um acto criminoso, quando ainda se não conhece na sua integralidade a dimensão criminosa da tragédia em Mariupol.
Ao 44º dia, Ursula Von der Leyen deslocou-se a Kiev. E a Bucha. Mais que a presença a Presidente da Comissão Europeia, a notícia é o reforço desse sinal de solidariedade com a formalização do pedido de adesão da Ucrânia, com a entrega simbólica do questionário de adesão ao Presidente Zelensky. É um acto simbólico. De grande simbolismo, mas não muito mais que isso. As dificuldades serão mais que muitas, e a promessa de Von der Leyen em avançar com a adesão em semanas não passa de uma mensagem de esperança entregue em mão. Que seja esperança, e não uma ilusão.
Não deixará contudo de ser um dia histórico para a Ucrânia, mesmo que, para o que mais conta neste momento, o fim da guerra, nada conte.