Aí está a 26ª
Bem sei que hoje é o Dia Mundial da diabetes. Mas isto é único, e só acontece uma vez por ano!
Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]
Bem sei que hoje é o Dia Mundial da diabetes. Mas isto é único, e só acontece uma vez por ano!
Foi uma senhora da canção portuguesa. A voz que cantou Alcobaça, que tantas vozes teve para a cantarem... Mas só esta a cantou!
O Ginásio - Ginásio Clube de Alcobaça - celebra hoje 75 anos. Foi fundado em 1 de Junho de 1946, resultando da fusão dos dois clubes da então vila - o Alcobaça Futebol Clube, fundado em 1918, e o Clube Desportivo Comércio e Indústria de Alcobaça, em 1932.
Conheceu o ponto alto da sua História na época 1981/82, quando subiu à I Divisão, e atingiu as meias-finais da Taça de Portugal, sendo afastado da final do Jamor pelo Sporting, em Alvalade, perdendo por 2-1 um grande jogo de futebol, o mais memorável do seu historial. Foi efémera a sua participação no mais alto escalão do futebol nacional, uma época apenas. Mas histórica. A partir daí foi caindo, passando por épocas sucessivas a alternar entre a terceira divisão nacional e o campeonato distrital, onde se mantém há largos anos.
Desta História faz parte o algarvio Domiciano Cavém, o nosso bi-campeão europeu, que chegou a Alcobaça no início da década de 70, ainda jogador, para cá se fazer alcobacense e uma das figuras incontornáveis da cidade. Por cá viveu, entre os altos e os baixos da montanha da vida, mais de 30 anos. E cá descansa na sua última morada, e na memória de todos nós.
Hoje deveria falar só de coisas doces, tão doces como as que por cá temos em exposição desde ontem e até domingo. Porque é de doces, e dos melhores, que se trata… Mas também porque é um dos mais bem conseguidos eventos de promoção da nossa terra, que verdadeiramente projecta Alcobaça no país… e no mundo. Porque hoje as coisas são assim, correm mundo com grande facilidade.
Pena é aquela porta de entrada por onde todos os anos recebemos os milhares de visitantes que o evento chama. Pena é aquele penoso corredor entre o parque de estacionamento e o acesso à nossa melhor sala de visitas, que temos de fingir que não vemos.
De tanto fingir que não vemos, parece-me até que já não vemos mesmo. Que aquelas montanhas de silvas entre escombros fazem já parte do nosso património, uma coisa assim como … o castelo. Mas mais pitoresca…
Não adianta continuar a fingir que aquelas ruínas não nos enchem de vergonha na mesma conta em que se enchem de silvas. Nem podemos ignorar que, com coisa tão amarga à entrada para a sala de visitas, dificilmente a “cidade dos doces conventuais” poderá “dar lugar ao amor”.
Esta é a vigésima edição deste prestigiado acontecimento, que sempre conviveu com aquela desgraça urbana. Vinte anos, é muito tempo, como dizia a canção. É uma geração… Há gente nasceu, cresceu e se fez homens e mulheres sem conhecer ali outra coisa.
Creio que a “Mostra internacional de doces & licores conventuais” não pode continuar a conviver com esta vergonha. Deixava por isso aqui um desafio à Câmara Municipal: uma proposta simples, mas séria. Propunha simplesmente que, no anúncio da próxima edição, na XXI Mostra internacional de doces & licores conventuais, em todos os cartazes e folhetos promocionais, a Câmara Municipal pedisse desculpa aos alcobacenses e aos visitantes, e garantisse que estava empenhada, e a desenvolver todos os esforços, para encontrar uma solução.
Basta isto. Bastando, evidentemente, que sobre vergonha para não repetir os cartazes por mais vinte anos.
* A minha crónica de hoje na Cister FM
Aí está!
Está mesmo a começar. E acaba já no domingo!
Depois não digam que não avisei...
Aí estão de novo, pela décima nona vez, os doces conventuais. No sítio do costume... Na capital do doce. Daqui não saem, daqui ninguém os tira.
Deixem-se lá de black friday. Tenham juízo e passem por aqui.
Em 2012, já lá vão pois 6 anos, foi descoberto um novo corpo no sistema solar. Trata-se de um novo asteróide, que ficou identificado como 2012 FF25, uma espécie de nome de código em fase experimental.
Seis anos, foi quanto cientistas e astrónomos demoraram a validar a descoberta e, muitas observações telescópicas depois, a confirmar com rigor a sua órbita e a sua localização. Só agora a descoberta foi finalmente tornada oficial pelo Minor Planet Center. Só agora deixou de ser um projecto científico para passar a ser um novo membro do sistema solar. Chegou agora a hora de o baptizar, de lhe dar o nome próprio com que passará a figurar no catálogo dos corpos do Sistema Solar.
São normalmente os progenitores que escolhem os nomes aos filhos. O mundo da ciência e da astronomia respeita essa regra, e indigitou já os autores da descoberta para atribuírem nome por que passará a responder o novo asteróide.
O que é que haverá aqui de mais? – perguntarão. Muita coisa, respondo já!
É que esta descoberta aconteceu em Portugal, fruto de uma campanha organizada pelo Núcleo Interactivo de Astronomia (NUCLIO) com quatro Escolas do ensino secundário: a Escola Secundária D. Maria II, em Braga; a Escola Secundária Luís de Freitas Branco, em Paço D’Arcos; o Agrupamento de Escolas de Valpaços; e a nossa Escola Secundária D. Inês de Castro.
Mais importante que a escolha do nome – é a primeira vez que Portugal vai escolher um nome para um asteróide, mesmo que já haja um com o nome de Portugal (o“3933 Portugal”), mas descoberto por um astrónomo dinamarquês, em 1986 – mais importante que a escolha do nome – dizia eu - é que a descoberta se deve mesmo a portugueses e, mais importante ainda, a jovens estudantes do Ensino Secundário. Entre os quais, e mais uma vez, gente da nossa terra que, mais do que de orgulho, nos enche de esperança.
Daqui, desta modesta tribuna, deixo um forte aplauso e os meus parabéns a todos os jovens e professores envolvidos no projecto. Naturalmente que um bocadinho mais forte, e mais emocionados, para o Bernardo Figueiredo e para o Professor Paulo Carapito, que constituem a equipa da nossa D. Inês de Castro em tão marcante descoberta científica.
Agora, venha de lá esse nome!
* Da minha crónica de hoje na Cister FM
Aí está o Cistermúsica, de novo. Pela vigésima quinta vez. Isso: o XXV Cistermúsica!
Começa amanhã, e é todo um mês de grande música. Com marca, com uma grande marca.
São quarenta espectáculos imperdíveis. A não perder pitada!
A instalação de um hotel no Mosteiro, não se podendo dizer que seja exactamente uma velha aspiração alcobacense, é um velho projecto por que Alcobaça há muito espera.
A notícia chegou finalmente na semana passada, e rezava que o grupo Visabeira assinara com a Direcção Geral do Património Cultural um contrato de concessão do Claustro do Rachadouro, válido por 50 anos, que permitirá a construção de um hotel de cinco estrelas, de três pisos, 81 quartos, nove suites, e tudo o mais o que um equipamento daquela natureza requer, num investimento de 15 milhões de euros, mediante o pagamento de uma renda de 5 mil euros por ano.
E, como não podia deixar de ser, suscitou generalizada controvérsia bem animada pelo nosso crónico vício da maledicência, alimentado em doses quanto baste de preconceito e ignorância, bem apimentados pela intransigência e pelo sectarismo que fazem parte da crispação política que reina no país.
A coisa começou com a direita a acusar a política cultural da esquerda no poder, a precisar que lhe lembrassem que tudo tinha começado exactamente no governo anterior. A cor do executivo camarário também não foi esquecida… Passou para o domínio da arquitectura, e da preservação do património, mas também aí a ignorância lhe travou as pernas…
Na realidade, o aproveitamento de património colectivo de relevo histórico e cultural para fins desta natureza não só é comum em muitas partes do mundo civilizado como é, na maior parte das vezes, a única maneira de o manter e de evitar a sua degradação, muitas vezes irreversível. O nosso mosteiro não é excepção. Há muito que lá deixaram de funcionar os serviços públicos que lhe davam vida. E a última utilização que lhe foi dada – Asilo de Mendicidade de Lisboa – não lhe dava sequer a melhor das vidas.
Daí, nenhuma razão para os que fazem do fundamentalismo forma de vida.
Sobra ainda assim espaço para críticas. A concessão ter sido entregue a uma das empresas do regime, é uma delas. Tanto mais que a imprensa a deu por vencedora do concurso internacional lançado para o efeito quando, na verdade, não ganhou concurso nenhum: foi apenas a única admitida a concurso. O que dá ainda mais expressão ao ridículo do valor da renda: cerca de 400 euros por mês!
É certo que Alcobaça tem muito a ganhar com este projecto. Podem os mais cépticos apresentar algumas razões para duvidar que o saiba aproveitar, mas não é isso que diminui o potencial que representa para a cidade.
Mas não é, nunca poderá ser na renda que estejam as contrapartidas para o investidor. Estão, e só têm que estar, nos incentivos financeiros que evidente vai captar para o projecto. E no investimento público, que o Estado e a autarquia terão que fazer nas acessibilidades e no enquadramento paisagístico. E basta olhar à volta para ver que tem muito para investir!
* Da minha crónica de hoje na Cister FM
Por Eduardo Louro
Aí está mais um Cistermúsica. É um mês - certinho - inteiro a encher Alcobaça de música, e a assinalar os 25 anos do mosteiro enquanto património da humanidade. Acabou de abrir, em grande estilo, com 180 músicos em palco ás voltas com Carmina Burano, a obra prima de Carl Orff. A obra prima do século XX, levada a palco praticamente com a prata da casa. Bem cuidada, e em grande forma!
Vai ser assim, até 26 de Julho, o encontro anual de Alcobaça com a grande música!
A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.
54 seguidores