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Quinta Emenda

Tenho o direito de ficar calado. Mas não fico!

Quinta Emenda

Tenho o direito de ficar calado. Mas não fico!

Dia de presidentes

Desenho contínuo de uma linha Discurso do presidente no dia do presidente  Conceito do Dia dos Presidentes Desenho de desenho de linha única  ilustração gráfica vetorial | Vetor Premium

Ontem foi dia de Presidentes.

Daniel Chapo foi empossado Presidente da República de Moçambique. Sem a presença do Presidente Marcelo, que não quis assinar por baixo. Assinou Paulo Rangel, porque Moçambique não é a Venezuela. Dirá ele, sem se safar da coça que levou do Venâncio Mondlane, o auto-declarado “Presidente eleito pelo povo”.

O Presidente Biden despediu-se da Casa Branca, num discurso em que basicamente disse aos americanos que agora terão que se deitar na cama que fizeram. E anunciou o acordo de cessar fogo, que dura o que durar, e até pode nem chegar a durar, entre Netanyahu e o Hamas. Trump - Presidente dentro de três dias, já no próximo domingo - levantou-se logo da cama para dizer que foi ele que tratou de tudo.

Mas também foi o dia de não a presidente. Centeno acabou a dizer que não vai ser Presidente porque não vai ser candidato. Porque não quer, ou porque não pode, é que não explicou. E não custava assim tanto explicar. Custou-lhe certamente muito mais explicar que queria continuar governador do Banco de Portugal, quando sabia muito bem que o governo lhe viria logo explicar que não.

Que nem pensasse!

Ah ... e foi ainda o dia que mostrou a careca do "presidente dos presidentes". Por muito que há muito, como estava toda a gente careca de saber, tivesse a careca à mostra. 

 

Poder de Musk ou impunidade de Trump?

Presidenciais nos EUA: sorteio de um milhão de dólares por dia de Elon Musk  é legal? - SIC Notícias

Na sua primeira campanha eleitoral, que o haveria de levar à Casa Branca, Trump afirmou que "poderia parar na Quinta Avenida, disparar contra as pessoas e não perderia eleitores".

Com essa afirmação Trump queria dizer que, dissessem dele o que dissessem, acusassem-no do que quer que fosse, a sua base eleitoral era-lhe tão fiel que nada a demoveria. Entendemo-la no domínio do fanatismo: os seus apoiantes são tão fanáticos, tão desligados da realidade e da verdade, que não há racionalidade que resista.

Oito anos depois, com quatro de presidência, e quatro de oposição, pelo meio com a negação da derrota eleitoral que lhe impediu a reeleição, e a (consequente) insurreição com invasão do Capitólio, é inegável que não há racionalidade que resista nas eleições americanas. Acusem-no do que o acusarem, os seus apoiantes continuarão fanáticos a seu lado. Acresce-lhe, agora, o aparelho da Justiça, que montou enquanto no poder, a protegê-lo do que quer que seja acusado.

Diz a História que os maiores empresário americanos financiam as campanhas mas não se expõem nelas. A prudência, e mesmo os mínimos da racionalidade, e da decência aconselham uma certa reserva e descrição nos pleitos eleitorais.

O facto de o maior empresário americano, e o mais rico do mundo, irromper nesta disputa eleitoral a oferecer cheques milionários em favor do voto em Trump é o cúmulo da irracionalidade, mas também da indecência. Quando surge a sortear cheques de um milhão de dólares - à razão de um por semana, em cada um dos sete estados em que o voto oscila entre republicanos e democratas (os chamados "swings states") - Elon Musk está a dizer que pode fazer o que quiser, que está acima de tudo e de todos.

Que se permite estar acima da lei (o Código Eleitoral dos EUA refere que qualquer pessoa que "pague ou se ofereça para pagar ou aceite um pagamento para se registar para votar ou para votar pode ser punida com uma multa de 10.000 dólares, ou com uma pena de prisão de cinco anos"), mas também do mercado e dos valores da sociedade, em particular do da reputação. 

A dúvida é se esta condição lhe advém do seu próprio poder se da impunidade de Trump.

 

A decisão que tardava

Kamala Harris confirma que é candidata à nomeação democrata | Ao Minuto |  PÚBLICO

Joe Biden desistiu da recandidatura ás presidenciais americanas de Novembro. A decisão, pessoal ou imposta, era esperada. E foi aqui, há quase um mês, dada por inevitável.

Pecou por tardia, e isso rouba-lhe a dignidade e a coragem do acto. Pecou ainda - Biden - no apagamento a que o seu mandato condenou a vice-presidente Kamala Harris. Declarou-lhe agora, precisamente no anúncio da desistência, o apoio à sua candidatura. Muitas outras figuras do Partido Democrata o seguiram. Ela própria confirmou a sua candidatura logo de imediato e - não podia ser de outra forma - que era para ganhar.

Por enquanto é a candidata oficiosa. Sabendo-se que está longe de ser uma figura consensual dentro do partido, até à convenção de nomeação, dentro de um mês (Chicago, de 19 a 22 de Agosto) muita coisa irá ainda acontecer. Alguma terá já começado a acontecer!

Alarmes accionados no Partido Democrata

Presidential debate analysis: 4 takeaways from the Biden-Trump match-up :  NPR

Foi preciso o debate desta noite (madrugada em Portugal) para soarem os sinos no Partido Democrata americano. Só quando "viram as barbas a arder" perceberam o risco de ceder à insensata teimosia do Presidente Biden em levar para a frente uma recandidatura para que já não tem condições. Não sei se não é já tarde de mais, afinal estamos a apenas três meses das eleições na América.

Depois da fragilidade demonstrada por Biden, aproveitada até ao limite por Trump para acentuar a mentira e o populismo, aos democratas restam duas alternativas: conformarem-se com a entrega do poder a Trump, com tudo o que isso representa neste momento histórico; ou encontrarem rapidamente (a convenção de nomeação realiza-se Chicago, de 19 a 22 de Agosto) um candidato com capacidade e energia para se lhe opor.

Vai valer tudo e muito mais ...

Trump acusado: veja pelo que o ex-presidente pode responder e o que  promotoria precisa provar para obter condenação

Trump está novamente acusado. Desta vez, de 37 crimes relacionados com os documentos de Estado que indevidamente levou para casa, que se recusou a devolver, e que, segundo a acusação, põem em causa a segurança nacional.

Que esta acusação não demove a sua base eleitoral, não é novidade. Se é suficiente para pôr em causa a sua nomeação pelo Partido Republicano, é ainda uma incógnita. Certo é que, se conseguir concorrer às eleições do próximo ano, e porventura as ganhar, tratará de mandar arquivar tudo. Se assim acontecer nunca chegará a ser julgado.

Para Trump sempre valeu tudo. A partir de agora, vai valer tudo e muito mais!

A catástrofe da oportunidade de Trump

O que se sabe até agora: as principais conclusões e linhas-chave da acusação  contra Donald Trump | TVI Notícias

Trump tornou-se no primeiro ex-presidente americano a ser formalmente acusado de práticas criminosas. Está acusado de 34 crimes. Outros, muito provavelmente mais graves, e alguns ocorridos no exercício do mandato presidencial, estarão para sempre fora da alçada da Justiça.

Ontem apresentou-se em Nova Iorque, no tribunal criminal de Manhattan, num acontecimento mediático de primeira grandeza que se previa espectacular (algemas, impressões digitais e fotografias), mas que se ficou pela "prudente" sobriedade, transformando o que seria uma exposição humilhante, mas eventualmente explosiva, numa acção mediática à exacta dimensão dos seus interesses.

Não poderia desejar melhor. Declarou-se inocente de todas as acusações, e resumiu tudo a uma «perseguição política e caça às bruxas, para o impedirem de voltar à Casa Branca». O julgamento não acontecerá antes do final de 2024, ou mesmo de 2025. Depois das eleições de Novembro de 2024, e muito depois da nomeação do Partido Republicano, lá para o fim deste ano.

O "timing" é o ideal, e o mote para a campanha não poderia melhor.

Mas seria sempre difícil que esta acusação, que à luz dos padrões da normalidade seria sempre uma catástrofe para qualquer candidato, não fosse, para Trump, uma renovada e prometedora oportunidade! 

 

 

Hoje, na América - Parte II

Ron de Santis, o Trump letrado que vai tirar o sono ao original – Aventar

A esta hora ainda nada está exactamente fechado relativamente aos resultados para o Senado, e pode até acontecer que os lugares acabem distribuídos irmãmente entre Republicanos e Democratas.

A única coisa que está garantida é que a anunciada estrondosa vitória dos Republicanos não vai acontecer. E que Trump não vai sair das eleições de ontem em passo acelerado para as presidenciais de daqui a dois anos. Até porque Ron De Santis, o governador da Florida, aproveitou a vitória para quer ser presidente, mesmo que ainda o não tenha dito. 

Não é uma boa notícia para Trump. Ron De Santis tem tudo o que Trump tem, e é tudo o que Trump é, mas polido. E letrado. 

Poderá não ser melhor - dificilmente o será - para a América. Mas vende muito melhor, e é bem capaz de se antecipar à grande notícia que Trump anunciara para o próximo dia 15. Ou, mesmo que não se antecipe, de a vir a estragar!

Hoje, na América ...

Home of the Marist Poll | Polls, Analysis, Learning, and More

Hoje é dia de eleições na América. As intercalares, midterm, como eles dizem. 

Sempre foram eleições importantes, tanto quanto todas são. São a meio do mandato presidencial - daí midterm - e servem tradicionalmente de aviso à navegação da administração na Casa Branca. E, na lógica bi-partidária americana, são frequentemente ganhas pelos que antes tinham perdido.

Até aqui, não havia grande drama nisso. A administração que ocupava a Casa Branca ficava com a vida menos facilitada, mas não muito mais que isso. 

Com Trump, tudo mudou. E, hoje, não é isso que está em causa na América, mas sim a própria democracia!

Trump perdeu as eleições há dois anos. Mas entende que as ganhou, e convenceu disso todos os seus seguidores. Trump perdeu, mas o trumpismo continuou vivo. Como Bolsonaro perdeu, agora, no Brasil, com o bolsonarismo bem vivo.

Já vi por aí uns senhores, tidos por democratas insuspeitos, a garantir que é um exagero dizer que Trump, ou Bolsonaro, não representam qualquer perigo para a democracia. Que isso ficou provado no momento em que ambos foram eleitoralmente derrotados. Que, só isso, já demonstra que a democracia continuou a funcionar. Que, se não fossem democratas, não se teriam sujeitado a eleições. Ou que não se teriam permitido a perdê-las.

Ou são ignorantes, o que, para gente tão ilustre e influente, que até já foram directores de jornais de referência, é altamente duvidoso; ou são eles próprios altamente duvidosos.

Um democrata não é quem se sujeita a eleições. É, para além disso e no mínimo, preciso que aceite os seus resultados. Não é o caso de Trump (nem de Bolsonaro), como toda a gente sabe. Que se recusou, e continua a recusar, os resultados das eleições, e que fez tudo, incluindo a tentativa de tomada de assalto do Capitólio, para impedir a tomada de posse de quem havia sido eleito.

Mesmo reduzindo a democracia a simplesmente eleições, Trump não é democrata, nem nada de lá próximo. É um pantomineiro que vende pantominice ao desbarato. Que convence milhões de americanos que os imigrantes vêm destruir a América. Que chegam à América por razões políticas, ao serviço do Partido Democrata, com o fim de substituir os americanos e diminuir a influência dos brancos no destino da América. Omitindo que foram imigrantes que fizeram a América. E que os que agora para lá imigram servem para fazer o que os americanos que agora lá vivem não querem fazer. De todo, e menos ainda pelo que lhes pagam!

 

Paradoxo do contra a favor

logo_afavoroucontra

Com a polémica aberta pela divulgação pública do acórdão do Supremo Tribunal americano, que defende a alteração à despenalização do aborto, em vigor desde 1973, o tema voltou à agenda política. Na América, mas também por cá.

Por cá, e também à boleia da recente polémica à volta da cooptação do juiz António Almeida Costa para o Tribunal Constitucional, que entende que essa despenalização é inconstitucional, aproveitou-se para tentar relançar o tema, mesmo que o Presidente da República, que como se sabe também navega (seria talvez mais apropriado dizer que também nada) nessas águas, tivesse de imediato acalmado os ânimos, declarando que esse, hoje, é um não assunto.

Sempre que o "não assunto" vem à tona surge na dicotomia entre pró e contra o aborto. É simples, na opinião publicada: quem defende a despenalização, é a favor do aborto; que se lhe opõe, é contra. Assim foi sempre, e assim continua a ser. E não é assim por facilitação de linguagem, é assim porque se quer fazer crer que é mesmo assim.

Terei em tese de admitir que haja quem seja a favor do aborto. Pessoalmente, não conheço ninguém. Sou e sempre fui a favor da despenalização, e sou, e sempre fui, contra o aborto. E assim é toda a gente que conheço que é a favor da despenalização do aborto. E não consigo entender como possa haver quem defenda o aborto. Como não consigo perceber como, em profunda e esclarecida convicção, alguém possa actualmente entender que quem ser contra o aborto é ser contra a sua despenalização.

Mais que uma questão de princípio(s), é uma questão de números. 

O "Expresso" revela hoje que o número de interrupções voluntárias da gravidez em 2021 caiu 15,5% em relação ao ano anterior, em que já tinha caído 6,3% face a 2019. Os números são, respectivamente, 11.640, 13.777 e 14.696. Entre 2011 e 2017, caíram em 25%,  revelava o Diário de Notícias em Março de 2019.

Se a despenalização do aborto contribuiu desta forma para o reduzir, parece legítimo concluir que ser verdadeiramente contra o aborto não é ser contra a sua despenalização, ao contrário do que se faz passar. E muito menos, como mais flagrantemente se comprova, ser contra a despenalização do aborto nos termos consagrados na lei nacional, é ser pró-vida, como planfetariamente é apregoado. Não é só pelo número de interrupções de gravidez que foi reduzido. É, bem mais importante ainda, pelo o número de vidas de mães que foi poupado, ao substituir actos absolutamente clandestinos, em deploráveis e perigosas condições sanitárias, por actos medicamente assistidos, e devidamente acompanhados nas suas diversas envolventes.

Sem paradoxos, ser pró-vida tem que ser bem diferente daquilo se propagandeia. E podemos voltar ao início, à América. Onde, os que agora pretendem inverter a legalização do aborto, são precisamente os mesmos que impedem a proibição da venda de armas, com que todos os dias se matam crianças, e crianças matam. Onde os massacres são notícia diariamente. Anteontem, aconteceu mais um, desta vez num hospital. E onde, ainda na segunda-feira passada, uma menina de 10 anos tirou uma pistola da mala que a mãe lhe tinha passado para matar uma mulher que com ela travava uma qualquer discussão.

 

Um início que pode não suceder a um fim

Já há uma playlist para a tomada de posse de Joe Biden e Kamala Harris

 

Joe Biden toma hoje posse como 46º presidente dos Estados Unidos da América, colocando finalmente termo à mais negra presidência da ainda maior potência mundial. 

Trump, o primeiro presidente americano a não comparecer na tomada de posse do seu sucessor, vai embora. Provavelmente não regressará. Porque não mais conseguirá voltar a recolher votos para isso, e porque  o impeachmente em curso, que já não foi a tempo de lhe retirar esta presidência, fará provavelmente o seu curso e impedi-lo-á de voltar a candidatar-se. Poderá até estar polticamente morto, mas o que fez e o que representa, o que designa de trumpismo, não morreu e não será hoje enterrado.

Podemos ser levados a pensar que a América inicia hoje uma nova era. Que o que se inicia hoje, como qualquer início, é sempre o fim do que antecedeu. Temo que não seja!

“I want you to know that the movement we started is only just beginning"  - disse Trump na despedida. Não quer que este seja o fim, mas o princípio. Como dissera aos assaltantes do Capitólio, há duas semanas: "we love you". 

São muitos os sinais preocupantes. Entre eles está o afastamento de 12 membros da Guarda Nacional da gigantesca operação de segurança para a tomada de posse de hoje, depois de investigação do FBI, identificados como membros de organizações de extrema direita apostadas em manter o trumpismo vivo e activo.

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