Preocupações aquém das responsabilidades
Depois de, na véspera, os partidos políticos terem dito em Belém que não havia crise política, foi a vez das conferderações patronais dizerem o contrário.
Quando se esperaria que os parceiros sociais se mostrassem perocupados com todas as crises que estarngulam o país, para o que nem precisavam sequer de grande imaginação, ficamos a saber que os representantes dos patrões estão afinal preocupados é com o quadro político.
Vasco de Melo, da Confederação do Comércio e Serviços de Portugal, receia que a nova maioria possa pôr em causa "os consensos adquiridos nestes últimos anos". Não são menores, bem antes pelo contrário, as preocupações de António Saraiva, o presidente da CIP, com atual quadro político. Podia ter-se ficado pela oposição declarada a qualquer reversibilidade na legisalção laboral que o anterior governo e a troika lhe entregaram. Percebia-se... Mas diabolizar publicamente o Bloco de Esquerda é que já é do diabo. Declarar-se atacado por um partido "que tem sobre a iniciativa privada e os empresários uma leitura de diabolização" é mesmo coisa do diabo. E de política baixa, que não pode ser para levar a sério... Deveria esperava-se mais qualquer coizinha. Assim é poucochinho...