Depois dos filetes, o arroz de peixe
Conto esta estória frequentemente. E até já a trouxe aqui, se bem que pela pior das circunstâncias - há mais ou menos dois anos, quando a Casa Aleixo fechou portas. E abro um parênteses para dizer que também a Casa Inês, que nascera em 2012 de uma dissidência entre os herdeiros da mesma Casa Aleixo, também já fechou portas, fechando-se a história dos melhores filetes de polvo e de pescada alguma vez conhecidos.
Eu não gostava de filetes - nunca tinha tido uma boa experiência, e por isso não gostava. Ponto! Até àquele dia, há mais de 30 anos, quando o Ramiro me disse que comia filetes ... ou comia filetes. Que só poderia não gostar de filetes quem nunca tivesse provado aqueles.
Como há esses anos todos não gostava de filetes, também não gostava de arroz de peixe. Nem de marisco. Gosto de arroz de todas as maneiras e feitios. Gosto muito de peixe, e de marisco. Misturados, é que não. Nunca tinha tido uma boa experiência...
Hoje almocei no Olaias, na Figueira da Foz, que não conhecia. Fomos atendidos pela Joana, de empatia fácil e profissionalismo sério. Explicou tudo - muito bem explicadinho, como deve ser - e sugeriu ... arroz de peixe. De garoupa.
Contei-lhe dos filetes, e perguntei-lhe se ela achava que a história se repete. Tardou a responder, mas a resposta já eu tinha ainda antes de fazer a pergunta - venha ele!
Veio. E a história repetiu-se. Que fantástico arroz de peixe!