O problema deles
Por Eduardo Louro
Quando o inconseguimento é grande até os mais fiéis desconfiam!
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Por Eduardo Louro
Quando o inconseguimento é grande até os mais fiéis desconfiam!
Por Eduardo Louro
A estratégia de manipulação e desinformação deste governo, e desta maioria que o sustenta, tornou-se verdadeiramente intolerável. Agora é Aguiar Branco, o ministro da defesa, a propósito e no aproveitamento de mais umas aberrantes declarações da senhora que ocupa o segundo lugar na hierarquia do Estado.
Dizendo que não comenta "em concreto as declarações da presidente da Assembleia da República", não hesitou em manipular a realidade para criar um novo facto, inventando uma ameaça dos militares de Abril à Assembleia da República. Foi isso que fez, dizendo que "não é aceitável" fazer "ameaças" à Assembleia da República!
Na realidade as coisas são bem mais simples. A inconseguida senhora convidou os militares de Abril para a sessão oficial no Parlamento. Há já dois anos que, por entenderem que o poder instituído comemora o dia 25 de Abril sem que minimamente o respeite, decidiram deixar de participar na face oficial (e cinzenta, acrescento eu) das comemorações. Entenderam agora, e por isso, que não havia razão nenhuma, antes pelo contrário, para alterar essa posição. Que não havia qualquer justificação para retomarem o papel decorativo nestas comemorações oficiais. Coisa diferente, entenderam, seria se pudessem expressar-se, circunstância em que deixariam de ser mera peça decorativa.
Foi isso, e só isso, que disseram em resposta ao convite da senhora que ocupa o segundo lugar na hierarquia do Estado Português. Esta cada vez mais bizarra figura fez o convite mas não deu resposta à resposta que lhe foi dada. Entretanto os grupos parlamentares do PSD e CDS opuseram-se a qualquer intervenção dos militares na sessão oficial, e depois disso ser público, a senhora que nunca deu resposta à resposta ao convite que fizera diz, em registo barata tonta, que o problema é deles.
Na realidade o ministro Aguar Branco quis branquear o veto do PSD e do CDS e mais um disparate, de absoluta falta de sentido de Estado, da senhora presidente da AR. Como não tem escrúpulos, não se preocupou nada que tivesse sujado ainda mais!
Por Eduardo Louro
Inconseguiram falar? Problema deles…
Por Eduardo Louro
Provavelmente por razões de inconseguimento, a senhora que personaliza a segunda figura do Estado tornou-se na primeira figura do ridículo. Depois de, sem pés nem cabeça, no próprio dia da sua morte, sugerir o recurso ao mecenato para trasladar os restos mortais do Eusébio para o Panteão Nacional, ei-la a recomendar idêntica receita para as comemorações do 25 de Abril.
Na ocasião da morte do Eusébio foram os próprios serviços do órgão a que preside a vir a público corrigir-lhe os números disparatados, transformando-lhe a ideia patética em mais um inconseguimento. Desta vez foram os próprios grupos parlamentares a ditar-lhe novo e traumático inconseguimento!
Foi-se o chamite, foram-se os cravos da nova coqueluche do regime, foi-se o mecenato, mas ficou o inconseguimento. Mais um. E mais uma pérola redentora na bissectriz dos afectos!
Por Eduardo Louro
Ontem escrevi aqui sobre aquilo a que chamei efeitos colaterais da morte de Eusébio, a propósito das desastradas declarações de Mário Soares. Que parecem ter dado o mote para a sucessão de disparates – que só não são tiros no pé porque nesta nossa miserável classe política já ninguém tem pé - que se viram e ouviram durante o dia de ontem.
A começar de novo por Mário Soares, que logo no dia seguinte – depois de casa roubada trancas na porta – se apressou a emendar o soneto na sua coluna no DN, dedicando em exclusivo a sua crónica a Eusébio, que rapidamente passou “a um patriota excepcional que fez tanto por Portugal e por Moçambique”.
À questão do Panteão Nacional ninguém resistiu. Logo que surgiu a ideia de que o destino dos restos mortais de Eusébio não podia ser outro que não aquele, foi um ver se te avias… Todos os líderes partidários desataram a correr para ver quem era primeiro a agarrar a ideia e a levá-la à Assembleia da República. Devem ter chegado todos ao mesmo tempo…
Assunção Esteves, a Presidente da Assembleia da República, achou que era ali, na hora, em pleno velório, que deveria pronunciar-se sobre o tema que tanto entusiasmara os seus deputados, pondo alguma água na fervura. Só que, não se sabe se simplesmente em maré de azar, ou se por manifestas dificuldades próprias da sua já longa condição de reformada, não teve mão na água e aquilo saiu pior que as ondas gigantes que então assolavam a costa portuguesa. Foi o despropósito total, não podia ter sido pior. Falou do que não devia e do que não sabia, e as centenas de milhares de euros, não eram afinal mais que escassas cinco dezenas, como o seu próprio gabinete teve de vir esclarecer. As parcerias que preconizou, e o apelo ao mecenato, só econtram paralelo no seu discurso do inconseguimento!
Nem Sócrates fugiu a mais um tesourinho deprimente, contando que o seu momento Eusébio acontecera a caminho da escola (onde fizeram uma festa), enquanto decorria o mítico Portugal - Coreia do Norte, no Mundial de 66, em Inglaterra. Que aconteceu às 15 horas de sábado, 23 de Julho de 1966, em plenas férias grandes escolares…
Adapatando de Manuel Machado: Um vintém é um vintém e um mentiroso é um mentiroso. Os cretinos é que são muitos!
Por Eduardo Louro
Temos um problema de inconseguimento. Que começa por termos inconseguido que a segunda figura do Estado fosse menos vazia e patética que a primeira.
Claro que temos mais problemas para além do inconseguimento. Temos “o nível social frustacional derivado da crise”. Temos a"nossa missão humana no mundo".
E temos esse problema supremo do “soft power sagrado” da Europa.
Não sei se aquele senhor da AMI faria pior. Não sei, não!
Por Eduardo Louro
“Está a haver um controlo adequado das entradas” – garantiu Assunção Esteves, no debate parlamentar de hoje sobre o exame de acesso dos professores, interpelada por alguns deputados perante as galerias vazias, quando o acesso era negado ao público por estarem cheias...
Também Assunção Esteves é gente extraordinária, ou não dissese logo de seguida que o acesso à casa da democracia é um direito inalienável!
Por Eduardo Louro
Não aplaudo os protestos nas galerias da Assembleia da República. Mas também não os dramatizo, até porque não me parece que alguma vez se tenha verdadeiramente passado das marcas, nem nunca as ordens de evacuação terão deixado de ser acatadas sem problemas de maior.
Dito isto, acho que estes incidentes têm o seu quê de folclórico e pouco mais… Têm a importância que têm, e não a que lhe querem dar!
Não têm claramente a importância que a Presidente da Assembleia da República lhe emprestou hoje com um comportamento – esse sim – desajustado e destituído de bom senso. Na forma – histérica e destrambelhada – e no conteúdo. Aquela dos carrascos é um insulto!
Um insulto grande ao povo e um insulto - que não é menor - a Simone de Beauvoir, que não seria nunca capaz de semelhante coisa. Um insulto de alguém que ocupa o lugar de segunda figura do Estado, a quem, em vez de histerismo, se exige sentido de Estado. Coisa que alguém que, ainda menina e moça, se instalou nos mais apetecíveis lugares da política, sem não mais os largar, que se reformou aos 42 anos e que, impedida de acumular a pensão com o vencimento, descarta o vencimento pelo exercício da função, para ficar com a pensão de uma reforma para que não contribuiu, nunca poderá ter!
Claro que estas coisas ferem a legitimidade. E se não legitimam o protesto indiscriminado, onde quer que seja, deixam-no por lá perto…
Quem não se dá ao respeito nunca se fará respeitar!
Por Eduardo Louro
Uma reformada expulsou os reformados das galerias do Parlamento. Reformada de contribuição curta (desde os 41 anos) e pensão longa (até dá para rejeitar o vencimento de direito - tal e qual a primeira figura da hierarquia do Estado) a número dois do Estado não teve vergonha de expulsar os reformados de contribuição longa e pensão curta...
Não sei se é uma questão de pudor se de telhados de vidro...
Por Eduardo Louro
Sobre a eleição de Assunção Esteves para presidente da Assembleia da República já tudo foi dito. Tudo ficou de resto dito com o clima de aclamação que rodeou a sua eleição: da direita à esquerda do hemiciclo não houve quem lhe regateasse elogios. Na opinião publicada fez o pleno!
A mim resta-me apenas dizer que foi o corolário da vitória de Pedro Passos Coelho no dossiê Fernando Nobre que, depois de haver cometido suicídio, foi ontem a enterrar. Um enterro político em plena Assembleia da República!
Foi, para Passos Coelho, a cereja no topo do bolo: depois de tratar de Fernando Nobre teve ainda tempo de tratar dos baronatos insulares. Sem sequer ninguém espernear!
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